Terça Feira – 6ª Semana da Páscoa


Amados irmãos e irmãs

Disse Jesus: “O paráclito convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim”. Temos aqui um ensinamento que nos consola, ou seja, basta cremos; pois o grande mal é não crer e nisto consiste o pecado.
A tristeza toma conta dos discípulos; pois Jesus começa a discursar em tom de despedida e aqui ficamos a imaginar um pai que reúne esposa e filhos e começa a orientá-los sobre como proceder na vida cotidiana porque sabe que vai partir.
O mundo imperfeito no qual vivemos, um mundo onde os inocentes sofrem, pode nos levar ao pessimismo, a achar que tudo está perdido e não tem mais jeito; mas Jesus Cristo nos transforma em eternos otimistas; sua presença viva em nossa comunidade, em nossas famílias, nos convoca e nos traz uma alegria que para o mundo soa como utopia mas para nós que vimos, ouvimos e experimentamos o amor de Deus ela é certeza de vitória e assim nada, nada mesmo poderá nos abalar.
No caso de Jesus Ele promete o Espírito consolador.
É Consolador, mas não uma consolação que faz os discípulos de Jesus se conformar com a derrota, ao contrário, é uma consolação santa que os impele para frente, a caminhar e a resistir na luta contra o mal. Assim devem ser nossas comunidades hoje, comunidades que não se intimidam em denunciar as injustiças sociais, que luta pelo Evangelho e que sabe que é dirigida pelo Espírito Santo.
Temos a certeza de que nossa Igreja é assistida, orientada e conduzida pelo seu Espírito para percorrer os mesmos caminhos que ele percorreu, na mesma Fidelidade que o levou a nos amar até o fim, entregando á própria vida.
O Evangelho nos ensina de que não é Deus quem condena o mundo (cf. 3,17), mas é o mundo que resiste a Deus. Muitas vezes somos nós que não queremos aceitar o projeto que Deus tem para nós e neste caso não podemos dizer que foi Deus quem me condenou mas sim devemos assumir nossa culpa pelas nossas escolhas sabendo que arcaremos com as consequências que dela advir.
Nos Atos dos apóstolos vemos que Paulo e Silas são espancados e jogados na prisão e mesmo assim rezavam e cantavam um hino a Deus. Como resposta de Deus ás suas orações abriram-se todas as portas e soltaram-se as algemas; fato este suficiente para converter o carcereiro que pede o batismo para ele e toda a família e passa a cuidar das chagas daqueles que os libertara da escravidão do pecado.
Rezemos com o Salmista: Eu agradeço vosso amor, vossa verdade, porque fizestes muito mais que prometestes; naquele dia em que gritei, vós me escutastes e aumentastes o vigor da minha alma. Estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que fizeram vossas mãos.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Atos 16,22-34
Salmo: 137/138
Evangelho: João 16,5-11