Terça Feira – 17ª. Semana Comum

Amados irmãos e irmãs

Na explicação da parábola do joio Jesus nos ensina que o que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno.
Eis irmãos a grande responsabilidade que temos de ser boa semente, de ser trigo de Deus. Trigo é para ser triturado e se tornar pão que alimenta os irmãos; isto significa dar a vida para os irmãos.
Apoiado por imagens de Sofonias 1,3 e de Daniel 12,3, Jesus compara a colheita ao juízo final. Para os cristãos perseguidos e ameaçados por causa de sua fé, é preciso manter viva a esperança de que, em Cristo, o mal já foi vencido.
Quanto menos conhecimento temos da palavra, mais vamos perdendo a capacidade de discernir, e mais vamos cultivando o joio em nosso coração, confundindo-o com o trigo.
Não sejamos surpreendidos no dia da colheita, e aí chorar o tempo perdido em nossa vida, cultivando joio, aí será muito.
Que tal começar agora, a fazer uma limpeza do nosso coração, arrancando o joio, e cultivando o trigo bom? Para isso é preciso buscar o conhecimento da Palavra, nessa casa que é a nossa comunidade, onde o Senhor nos fala direto ao coração.
O Catecismo da Igreja Católica nos §§ 760-769 nos ensina: “O mundo foi criado em ordem à Igreja, diziam os cristãos dos primeiros tempos (Hermas). Deus criou o mundo em ordem à comunhão na sua vida divina, comunhão que se realiza pela convocação dos homens em Cristo; esta convocação (ecclesia) é a Igreja. A Igreja é o fim de todas as coisas. As próprias vicissitudes dolorosas, como a queda dos anjos e o pecado do homem, não foram permitidas por Deus senão como ocasião e meio de pôr em ação toda a força do seu braço, toda a medida do amor que queria dar ao mundo: Assim como a vontade de Deus é um ato e se chama mundo, do mesmo modo a sua intenção é a salvação dos homens e chama-se Igreja (Clemente de Alexandria). A reunião do povo de Deus começa no instante em que o pecado destrói a comunhão dos homens com Deus e entre si. A reunião da Igreja é, por assim dizer, a reação de Deus ao caos provocado pelo pecado. Esta reunificação realiza-se secretamente no seio de todos os povos: Em qualquer nação, quem o teme e pratica a justiça, é aceito por Ele (At 10, 35). A preparação remota da reunião do povo de Deus começa com a vocação de Abraão, a quem Deus promete que há de vir a ser o pai de um grande povo (Gn 12,2). A preparação imediata começa com a eleição de Israel como povo de Deus (Ex 19,5). Pela sua eleição, Israel será o sinal da reunião futura de todas as nações (Is 2,2). Pertence ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de salvação do seu Pai; tal é o motivo da sua missão. Cristo inaugurou na terra o Reino dos Céus. A Igreja é o Reino de Cristo já presente em mistério (Vat II, LG 3). A Igreja só na glória celeste alcançará a sua realização acabada (Vat II, LG 8), quando do regresso glorioso de Cristo. Ela suspira pelo advento do Reino em plenitude. A consumação da Igreja – e, através dela, do mundo – na glória, não se fará sem grandes provações. Só então é que todos os justos, desde Adão, desde o justo Abel até o último eleito, se encontrarão reunidos na Igreja universal junto do Pai (Vat II, LG 2).
Na leitura do livro de Jeremias vemos que o profeta além das controvérsias e oráculos contra o povo, atraiu antipatias e ódios de morte, mas ele amava seu povo e por isto orou por eles. Depois de descrever a situação deplorável do país, ferido de morte, Jeremias faz uma oração de súplica e intercede pelo povo diante de Deus.

Rezemos com o Salmista: Não lembreis as nossas culpas do passado, mas venha logo sobre nós vossa bondade, pois estamos humilhados em extremo. Ajudai-nos, nosso Deus e Salvador! Por vosso nome e vossa glória, libertai-nos! Por vosso nome, perdoai nossos pecados! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Jr 14,17-22 
Salmo: 78
Evangelho: Mateus 13,36-43