TERÇA FEIRA – 12ª. SEMANA DO TEMPO COMUM


Amados irmãos e irmãs
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”.
Este alerta de Jesus é super importante principalmente quando atualmente somos levados a concordar com um jargão que usa o nome de Deus, mas que não tem nada de cristão ,ou seja: “ A voz do povo é a voz de Deus”. Será que a maioria sempre está certa? Pelo dizer de Jesus não, pois Ele afirma categoricamente que numerosos são os que entram pela porta da perdição e raros são os que optam pela estreita que leva a salvação.
Entrar pela porta estreita é se colocar a serviço dos irmãos e sofrer com eles e por eles; ao passo que a porta larga significa usufruir do serviço dos irmãos e explorá-los ao máximo.
Quando se fala de porta não podemos esquecer que Jesus disse ser Ele a porta: “Eu sou a porta das ovelhas… quem entra por mim será salvo” (Jo 10,7. 9).
São João Paulo II, papa em sua mensagem para a Jornada Mundial da Paz 2002, §§ 6-8 nos diz: O perdão é antes de tudo uma decisão pessoal, uma opção do coração que se opõe ao instinto espontâneo de devolver o mal com o mal. Tal opção tem o seu termo de comparação no amor de Deus, que nos acolhe apesar do nosso pecado, e o seu modelo supremo no perdão de Cristo que do alto da cruz rezou: Perdoa-lhes, ó Pai, porque não sabem o que fazem (Lc 23, 34).
O perdão tem, pois uma raiz e uma medida divinas. Isto, porém, não exclui que se possa acolher o seu valor também à luz de considerações humanas razoáveis. A primeira delas deriva da experiência que o ser humano vive em si próprio quando comete o mal: apercebe-se da sua fragilidade e deseja que os outros sejam indulgentes para com ele. Deste modo, porque não fazer aos outros aquilo que cada um espera que seja feito a si próprio? Cada ser humano abriga dentro de si a esperança de poder retomar o percurso da vida sem ficar para sempre prisioneiro dos próprios erros e culpas. Sonha poder levantar de novo o olhar para o futuro, para descobrir novas perspectivas de confiança e de empenhamento.
Na leitura do primeiro livro de Reis trata-se da carta do rei Senaquerib com ameaças a Ezequias. Isaías, profeta fortemente apaixonado por Jerusalém, intervém com um longo cântico que inclui um oráculo divino e anuncia a derrota de Senaquerib: uma peste, ou alguma insurreição em Nínive, obriga-o a levantar o cerco. O povo interpreta o fato como um milagre, confirmando a sua crença na inviolabilidade da cidade, por causa do templo, onde se estava presente a Glória de Deus.

Rezemos com o Salmista: Grande é o Senhor e muito digno de louvores na cidade onde ele mora; seu Monte santo, esta colina encantadora, é a alegria do universo. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: II Reis 19, 9b,-11.14-21.31-35ª.36
Salmo: 47
Evangelho: Mateus 7,6. 12-14