Terça Feira – 12ª. Semana Comum

Amados irmãos e irmãs19437370_1359987817419773_6967327121425188824_n
“Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduzem à perdição e numerosos são os que por aí entram. Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles”.
Este alerta de Jesus é super importante principalmente quando atualmente somos levados a concordar com um jargão que usa o nome de Deus, mas que não tem nada de cristão ,ou seja: “ A voz do povo é a voz de Deus”. Será que a maioria sempre está certa? Pelo dizer de Jesus não, pois Ele afirma categoricamente que numerosos são os que entram pela porta da perdição e raros são os que optam pela estreita que leva a salvação.
Entrar pela porta estreita é se colocar a serviço dos irmãos e sofrer com eles e por eles; ao passo que a porta larga significa usufruir do serviço dos irmãos e explorá-los ao máximo.
Quando se fala de porta não podemos esquecer que Jesus disse ser Ele a porta: “Eu sou a porta das ovelhas … quem entra por mim será salvo” (Jo 10,7.9).
O beato João Paulo II, papa em sua mensagem para a Jornada Mundial da Paz 2002, §§ 6-8 nos diz: “O perdão é antes de tudo uma decisão pessoal, uma opção do coração que se opõe ao instinto espontâneo de devolver o mal com o mal. Tal opção tem o seu termo de comparação no amor de Deus, que nos acolhe apesar do nosso pecado, e o seu modelo supremo no perdão de Cristo que do alto da cruz rezou: Perdoa-lhes, ó Pai, porque não sabem o que fazem (Lc 23, 34).
O perdão tem, pois uma raiz e uma medida divinas. Isto, porém, não exclui que se possa acolher o seu valor também à luz de considerações humanas razoáveis. A primeira delas deriva da experiência que o ser humano vive em si próprio quando comete o mal: apercebe-se da sua fragilidade e deseja que os outros sejam indulgentes para com ele. Deste modo, porque não fazer aos outros aquilo que cada um espera que seja feito a si próprio? Cada ser humano abriga dentro de si a esperança de poder retomar o percurso da vida sem ficar para sempre prisioneiro dos próprios erros e culpas. Sonha poder levantar de novo o olhar para o futuro, para descobrir novas perspectivas de confiança e de empenhamento.
Na leitura do livro do Gênesis vemos o esforço de Abraão para evitar a discórdia; ele abre mão, deixa que o outro escolha primeiro sem nada impor. Será que nós também seríamos capazes de agir assim a fim de evitar contendas? Deixar que o outro escolha primeiro? Vejam o que disse Abraão a Lot: “Rogo-te que não haja discórdia entre mim e ti, nem entre nossos pastores, pois somos irmãos. Eis aí toda a terra diante de ti; separemo-nos. Se fores para a esquerda, eu irei para a direita; se fores para a direita, eu irei para esquerda.”
Rezemos com o Salmista: Senhor, quem morará em vossa casa? É aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente; quem pensa a verdade no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua. Que em nada prejudica o seu irmão nem cobre de insultos seu vizinho; que não dá valor algum ao homem ímpio, mas honra os que respeitam o Senhor. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Gênesis 13,2.5-18
Salmo: 14/15
Evangelho: Mateus 7,6.12-14