Terça Feira – 10ª. Semana comum

13336026_1001909626560929_2790904154682847413_nAmados irmãos e irmãs

“Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”.

Você já parou para pensar naqueles agentes de pastoral que são anônimos e passam quase que despercebidos, mas que são sal e luz na vida de muitas pessoas. Poderíamos citar aqui os agentes da pastoral da saúde que visitam casas e hospitais, os da pastoral carcerária que levam consolo aos presos, os da pastoral da criança, os vicentinos e suas cestas, enfim ficaríamos aqui a escrever uma lista infinita.

Interessante é que nenhum destes agentes está à procura da fama que as luzes artificiais dos holofotes da mídia produzem, mas sim entenderam e buscam a única Luz capaz de fazer a diferença na vida de tantos irmãos excluídos que é Jesus! Esses agentes de pastoral não vão fazer troca e nem proselitismo para convencer os moradores a frequentarem as missas, pois muitos são protestantes e outros nem religião têm. Que o nosso Sal não seja insosso e a nossa Luz não esteja queimada e nem escondida, por desleixo, omissão ou comodismo.

Jesus como que dá uma ordem para nós: Se somos discípulos missionários é preciso que brilhe nossa luz e nossa luz é Jesus! Não podemos guardar para nós ou nosso grupinho o que recebemos É preciso iluminar o mundo. Jesus também sabe de nossa capacidade afinal foi Ele quem nos capacitou e somente se formos sal do mundo, poderemos livrá-lo das garras do inimigo. Para cumprir esta missão de ser luz do mundo e sal da terra devemos superar a ilusão de que exista uma religião mágica que faça isto; ou que aplicando falsos métodos e apoio humano possamos obter êxito.

Devemos ser neste mundo, sal, luz e fermento, pois “a Igreja cresce, não por proselitismo, mas por atração; como Cristo atrai tudo para si, com a força do seu amor, a Igreja atrai quando vive em comunhão, pois, os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou” (DAp 159).

São Rafael Arnaiz Barón, monge trapista nos seus Escritos espirituais, de 27/12/1936 nos ensina: Embora a minha alma não seja casta como a de José nem tenha o amor de Maria, ofereci ao Senhor a minha absoluta pobreza de tudo, a minha alma vazia. Se não lhe cantei hinos como os anjos, tentei cantar-lhe alguns refrões dos pastores, a canção do pobre, daquele que nada tem; a canção daquele que só pode oferecer a Deus misérias e fraquezas. Mas que importa, porque as misérias e as fraquezas oferecidas a Jesus com um coração verdadeiramente amoroso são aceitas por Ele como se de virtudes se tratasse. Grande, imensa é a misericórdia de Deus! A minha carne mortal não ouve os louvores do céu, mas a minha alma adivinha que hoje, tal como outrora, os anjos olham espantados para a Terra e entoam Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade!

Na leitura do primeiro Livro dos Reis vemos que Jezabel tinha introduzido em Israel o culto de Baal, deus da chuva. E queria impô-lo a todos. Mas teve que haver-se com a oposição frontal de Elias. A multiplicação milagrosa da farinha e do azeite mostra que o verdadeiro Deus da fertilidade e das boas colheitas é Javé, e não Baal, incapaz de mandar chuva para interromper a seca proclamada por Elias. Ao fazer o milagre, em nome de Javé, Elias mostra que a poderosa rainha Jezabel, e todos os baalistas, não têm razão. Quem a tem é a pobre e indefesa viúva de Sarepta, que confia em Javé.

Rezemos com o Salmista: Compreendei que nosso Deus faz maravilhas por seu servo, e que o Senhor me ouvirá quando lhe faço a minha prece! Se ficar­des revoltados, não pequeis por vossa ira; meditai nos vossos leitos e calai o coração!

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: 1Rs 17,7-16
Salmo: 4
Evangelho: Mt 5,13-16