Sexta Feira – 9ª. Semana Comum

18921875_1340268046058417_4069524809964890546_nAmados irmãos e irmãs
Será que conhecemos Jesus! Ou nos limitamos a repetir frases prontas sem pensar no que elas significam?
Quando Jesus estava ensinando no pátio do Templo, perguntou: Como podem os mestres da Lei ensinar que o Messias é descendente de Davi? Pois Davi, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu:
“O Senhor Deus disse ao meu Senhor: Sente-se do meu lado direito, até que eu ponha os seus inimigos debaixo dos seus pés.” O próprio Davi chama o Messias de Senhor. Portanto, como é que o Messias pode ser descendente de Davi? Neste ensinamento de Jesus, falando com os mestres da Lei, ele quer passar o sentido superior e transcendente da palavra “Senhor”: O próprio Davi chama o Messias de Senhor.
Jesus filho de Davi é uma expressão popular oriunda da tradição judaica, em homenagem ao grande líder Davi. Acontece que a tradição messiânica aguardava a vinda de um ungido (messias, do hebraico; cristo, do grego) igual ao antigo rei Davi, que era chamado “filho de Davi”. Esse Messias seria um líder patriota que traria aos judeus a glória e o poder como fez o rei Davi, o grande chefe de um império; portanto, filho de Davi, é só uma maneira de se expressar.
Ainda de acordo com a tradição judaica, profecia de Natã (2 Sam 7, 14), e outros grandes profetas, o Messias devia ser um descendente de David, mas, no Sl 110, 1, Davi chama meu Senhor ao Messias, então a confusão está feita pois como poderia o filho ser Senhor do seu pai. Com esta pergunta Jesus não recusa a ascendência davídica, mas quer que ultrapassemos a lógica limitada da continuidade, pois a promessa de Deus vai além dos critérios da sucessão hereditária.
Somos todos nós batizados, chamados a viver como Cristo. Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram: “Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar seu destino: “Onde eu estiver, aí estará também o meu servo” (Jo 12,26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga”. Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que tem chegado a compartilhar a cruz de Cristo até a entrega de sua vida”. (DAp 140).
Na leitura do livro de Tobias vemos que Deus põe a prova o velho Tobit e sua família, mas ao final o regresso do filho, a libertação de Sara do mau espírito e a cura de Tobit faz com que a unidade familiar seja refeita. Tobit diz que Deus fora misericordioso para com ele e lhe abrira os olhos.
Rezemos com o Salmista: Tantos são os que me afligem e perseguem, mas eu nunca deixarei vossa Aliança! Vossa palavra é fundada na verdade, os vossos justos julgamentos são eternos. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Tb 11,5-17
Salmo: 118
Evangelho: Mc 12,35-37