Sexta Feira – 18ª. Semana Comum

13886920_1038826889535869_7980788173519298409_nAmados irmãos e irmãs
“Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”.
Ser discípulo missionário como nos fala o Documento de Aparecida implica em renúncia, cruz e perda. Eis aí três palavras proibidas nos dias de hoje pelos que querem um Cristianismo sem sacrifícios e renúncias, sem calvário e sem cruz; aliás, estamos tendo muitos especialistas em arrancar Jesus da cruz. Lembramos aqui de uma música do padre Antônio Maria que diz: “Não encontra quem quiser encontrar Cristo sem cruz. Impossível e sem Maria encontrar também Jesus. Como não há cruz sem Cristo e não há Cristo sem cruz., não há Jesus sem Maria nem Maria sem Jesus”.
A RENÚNCIA: Renunciar a si mesmo é optar por fazer o outro viver; é lutar contra o instinto de preservação da própria vida. Renunciar a si mesmo é optar por viver a vida de Deus, sem perder o que lhe é próprio; é viver o caminho de Jesus como algo grandioso; é renunciar a todo tipo de egoísmo.
A CRUZ: Jesus não quer que pratiquemos uma religião alienadora que despreza as coisas desse mundo; aliás, no Evangelho de João 17 ao fazer a oração sacerdotal Ele diz muito claramente: Pai eles não são do mundo, mas estão no mundo. Deus também não quer que procuremos o sofrimento, pois Deus não é masoquista. O sofrimento é consequência do amor. Quem ama de verdade não abandona o barco, mas luta e sofre junto. Jesus não desistiu mesmo quando percebeu que acabaria sozinho, traído e negado. Isto é abraçar a Cruz.
A PERDA: O mundo atual prega a cultura do eu; o importante é ganhar independente do que se faça para ganhar. Muitos programas televisivos falam claramente em eliminar o outro sem escrúpulo algum. O papa Francisco nos falou da cultura do descartável e aí nos lembramos da eutanásia onde na verdade olhamos para os idosos como alguém que dá prejuízo com remédios e aposentadorias; além de não mais produzir então é preciso eliminar. Lutar contra isto e abandonar a cultura do Eu pode parecer perda, mas nós sabemos que não é.
No livro de Naum vemos o pequeno e oprimido reino de Judá em situação muito precária e Nínive esplendorosa capital do império assírio. Deus vem em socorro do pequeno e deixa que o grande se destrua. Ao longo dos tempos somos testemunhas da queda de tantos regimes despóticos e opressores como o de Napoleão, Hitler etc.
Rezemos com o Salmista: Saibam todos que eu sou, somente eu, e não existe outro Deus além de mim: quem mata e faz viver, sou eu somente, sou eu que firo e eu que torno a curar. Amém.


Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

 
1ª. Leitura: Naum 2, 1.3; 3, 1-3.6-7.
Salmo: Dt 32,35-41
Evangelho: Mateus 16,24-28