Segunda – 7º. Dia Oitava do Natal

Amados irmãos 
Desta vez não foi um anjo e nem um embaixador, mas o próprio Deus se fez presente no meio de nós!
Jesus não só assumiu a nossa natureza humana, mas nos divinizou fazendo-nos participantes da Trindade, mesmo na caminhada terrena, com as nossas fragilidades.
Para muitos o Natal continua sendo um grande mistério; uma vez que não há como entendermos com nossas limitações humanas, nós o comemoramos em oito dias; é como se o dia do nascimento demorasse oito dias e por isto falamos oitava do natal.
Já brilha a luz da qual João Batista foi testemunha. Esta luz é a vida comunicada pela Palavra de Deus que veio habitar entre nós. Vejamos o que nos diz Santo Agostinho no Sermão 293, 5:
“Que grandeza é a Sua? Não a procures na terra, sobe à altura dos astros. Quando chegares às legiões dos anjos, ouvirás dizer: Sobe mais alto, acima de onde estamos. Quando tiveres subido até aos Tronos, Dominações, Principados e Potestades (Col 1,16), ouvi-los-ás ainda dizer: Sobe mais alto, que nós próprios somos ainda criaturas, por Ele é que tudo começou a existir (Jo 1,3). Eleva-te pois acima de todas as criaturas, de tudo o que foi formado, de tudo o que recebeu existência, de todos os seres que mudam, corporais ou incorporais, numa palavra, acima de tudo. A tua vista não alcança ainda tais alturas; é pela fé que tens de te elevar até lá, é a fé que te deve conduzir ao Criador. Lá, contemplarás o Verbo, que era no princípio;que estava em Deus, esse Verbo que era Deus, por Quem todas as coisas foram feitas, sem Quem nada teria sido feito, e em Quem estava a vida, desceu até nós. Que éramos nós? Mereceríamos que Ele descesse até nós? Não, nós éramos indignos de que Ele tivesse compaixão de nós, mas Ele era digno de ter piedade de nós”.
Na primeira carta de João nos é dito que há á muitos anticristos e que eles saíram dentre nós, mas não eram dos nossos. Esta página deve nos levar a uma profunda reflexão, ou seja, dentro da Igreja temos pessoas que não estão a serviço do Evangelho, mas sim contra, ou seja, “anti”. Estas pessoas num primeiro momento são difíceis de serem identificadas e por este motivo tal qual Jesus nos ensina na parábola do joio é preciso ter paciência, pois hora ou outra elas vão cair em contradição; uma vez que não defendem o Evangelho, mas seus próprios interesses.
Rezemos com o salmista: Senhor nós nos colocamos na vossa presença, pois vens para julgar a terra inteira e governar o mundo todo com justiça e os povos julgar com lealdade. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

Leitura: 1 João 2,18-21
Salmo: 96
Evangelho: João 1,1-18