SANTA ZITA

18119171_1300083260076896_1249103043535016439_nSanta Zita, padroeira das empregadas do lar
Santa Zita nasceu em Lucca, Itália, em 1218, de uma família do campo, pobre, mas muito piedosa. De pequenina bastava que lhe fosse dito que uma coisa agradava a Deus para que ela o fizesse, e que não agradava a Deus para que deixasse de fazê-lo.
Aos 12 anos, por causa da pobreza da família, teve que empregar-se como doméstica na casa de uma família rica. Sua mãe, ao despedir-se dela, recomendou-lhe que sempre em suas ações pensasse se aquilo agradava a Deus, o que lhe ajudou muito a comportar-se bem.
O chefe da família onde Zita foi trabalhar era de temperamento violento e mandava com gritos e palavras muito humilhantes. Todos os empregados reclamavam desse trato tão áspero, menos Zita que o aceitava de boa vontade para assemelhar-se a Jesus Cristo que foi humilhado e ultrajado. Também as outras empregadas tinham inveja dela e a feriam com palavras. Zita não lhes respondia, nem guardava rancor ou ressentimento. Os trabalhadores não gostavam dela porque ela demonstrava aversão pelas palavras grosseiras e histórias imorais. Chamavam-na de ‘beata’ e ‘beija-chão’. Mas com o passar dos anos, todos se foram dando conta que era uma verdadeira santa, uma grande amiga de Deus. Era a mais dedicada a seus trabalhos nessa imensa casa e repetia que a piedade que leva alguém a descuidar-se de seus deveres ou ofícios, não é verdadeira piedade.
Um homem quis desrespeitá-la em sua castidade, e ela arranhou sua cara, fazendo com que se afastasse. Outro tentou caluniá-la diante do dono da casa e este a insultou horrivelmente. Zita não disse uma só palavra para defender-se, deixando para Deus sua defesa. Depois se soube toda a verdade e o patrão teve que arrepender-se do tratamento injusto que lhe dera, crescendo enormemente seu apreço pior àquela humilde serva.
Gastava quase todo o dinheiro de seu salário para ajudar aos pobres. Dormia sobre uma esteira colocada diretamente no solo, porque doou sua cama e seu colchão a uma família necessitada. Um dia, em pleno inverno, com temperatura a vários graus abaixo de zero, a senhora da casa lhe emprestou seu manto de lã para que fosse à igreja. Na porta desta encontrou um pobre tiritando de frio e lhe deixou o manto. Ao voltar para casa foi terrivelmente admoestada, mas pouco depois apareceu na porta da casa um senhor misterioso que trouxe um belo manto de lã. E não quis dizer quem era. As pessoas diziam: ‘Um anjo do Senhor veio visitar-nos’.
Um dia, levava para os pobres entre as dobras de seu avental tudo o que havia sobrado do almoço, mas pelo caminho encontrou o furioso chefe da casa, que lhe perguntou o que levava. Ela abriu o avental e dentro só havia flores. Numa época de grande escassez distribui aos pobres grãos que se encontravam na dispensa. Quando chegou o furibundo capataz para contar os grãos, os encontrou todos ali, nunca se explicando como o fato tinha ocorrido. Quando lhe sobrava um dia livre, o empregava a visitar pobres, doentes e presos, dedicando-se especialmente aos que estavam condenados à morte. Foi serva durante 48 anos, demonstrando que em qualquer oficio ou profissão que seja do agrado de Deus, pode-se chegar a uma grande santidade. Morreu dia 27 de abril de 1278. Foram tantos os milagres que se operaram por seu intermédio que o Papa Inocêncio XII a declarou santa. E seu corpo se conservava incorrupto quando foi tirado do sepulcro mais de 300 anos depois de sua morte. São milhares e milhares de peregrinos que vão visitar o sepulcro e a Capela de Santa Zita ainda nos dias de hoje. E ela continua a dar esta grande lição: que num trabalho humilde pode-se ganhar uma grande glória no céu. Santa Zita, rogai por nós!
Texto extraído do Portal Nossa Senhora de Fátima