Santa Maria Mãe de Deus (solenidade)

25443023_1524634157621804_8969765972881568296_nAmados irmãos e irmãs
“Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração”.
Com a atenção centrada em Jesus recordamos sua Mãe com o título de Santa Maria Mãe de Deus. Sobre ela São Paulo nos diz: “Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher… para que todos recebêssemos a filiação adotiva” (Gl 4,4-5). O mistério do Natal não é somente o mistério de um filho, mas é o mistério de uma multidão de “filhos”: todos os homens podem chegar a serem “filhos” neste “Filho de Deus”.
Maria, Mãe de Jesus é nossa Mãe. Negar que Maria é Mãe de Deus é negar a Encarnação do Filho ou negar que é Filho de Deus, pois Deus se fez homem sem deixar de ser Deus. Foi proclamada dogmaticamente no Concílio de Éfeso no ano 431 e é o primeiro dogma mariano. Quando a Virgem Maria visitou Isabel, esta, movida pelo Espírito Santo lhe chamou “Mãe do meu Senhor”. O Senhor a quem se refere Isabel não pode ser outro senão Deus (cf. Lc 1,39-45).
O Evangelho nos fala do “ir as pressas” e isto deve significar a urgência que devemos dar ao anúncio da Boa Nova. Quem faz a experiência do encontro pessoal com Jesus não a guarda para si, mas vai sem demora ao encontro dos outros para anunciar o que viu e ouviu. Quem “ouviu” verdadeiramente o Evangelho não permanece como era antes nem fica parado no lugar onde estava.
Na primeira leitura do livro de Números vemos a benção litúrgica que é por muitos conhecida como sendo de São Francisco, mas na verdade é uma fórmula de benção de grande importância pois afinal de contas foi o próprio Deus que mandou abençoar seus filhos desta forma.
Primeiro dia do ano é o “Dia Mundial da Paz” e talvez muitos se perguntem, o que adianta celebrar esta data se no mundo há ainda tanto ódio, conflito, guerras e mortes absurdas em um total desrespeito á vida? É bom entendermos que paz, não significa ausência de problemas, mas sim presença de Deus em nossa vida e nesse sentido, a paz que o homem tanto quer e sonha, já foi plantada em meio aos homens quando Jesus encarnou-se entre nós, através de Maria.
Na segunda leitura da carta de Paulo aos gálatas vemos a confirmação de que ao se encarnar Deus o fez em uma mulher, o Filho de Deus nasceu de mulher e por isto esta mulher é Mãe de Deus! Esta filiação teve consequência imediata para nós pois foi por ela que nos tornamos filhos e também herdeiros.
Estamos iniciando um novo ano que é 2018 e ele é um dom de Deus, é uma oportunidade que não devemos perder, não só para desejarmos uns para com os outros um feliz ano novo, mas acima de tudo como cristãos desejar e pedir a benção para cada um conforme o Livro de Números: ”O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!” (Nm 6,24-26).
Rezemos com o Salmista: Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem! Que o Senhor e nosso Deus nos abençoe, e o respeitem os confins de toda a terra! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Nm 6,22-27
Salmo: 66/67
2ª. Leitura: Gl 4,4-7
Evangelho: Lc 2,16-21