Sábado – Tempo de Natal

Amados irmãos 
Natanael era um bom homem, porém muito fechado em seu grupo e não aceitava outros, motivo pelo qual demonstra preconceito para com Jesus não devido a pessoa de Jesus, mas devido o lugar de onde era.
Isto nos leva a pensar quantas pessoas nos dias de hoje dentro de nossas comunidades sofrem preconceito não pelo que elas são, mas pelo grupo a que pertencem.
Recordemos do preconceito que às vezes fazemos as senhorinhas do apostolado da oração, as da Legião de Maria; ou aos servos da Renovação Carismática Católica, as Comunidades Eclesiais de Base e por aí vai.
O que dizer então do preconceito contra quem vem da favela, do cortiço, da zona rural, do povo indígena, etc. Quem é rico ou quem é pobre, quem é preto ou quem é branco.
Só verá o Céu aberto quem aceita viver a comunhão com a Comunidade apesar dos preconceitos contra as pessoas que dela fazem parte. Natanael soube entender isto e confessou Jesus Cristo como Senhor!
Na liturgia de ontem vimos à confissão de André e Pedro e hoje vemos Natanael, os primeiros discípulos foram identificando Jesus, ao se darem conta de quem se tratava. Isto tudo na semana que antecede a grande solenidade da Epifania do Senhor. Onde Ele se manifesta aos magos que ali representam todas as raças. Ele se manifestou aos apóstolos e um a um eles foram confessando que Jesus era o Senhor.
Somos neste tempo convidado a também reconhecer e confessar não com palavras, mas com a vida de que Jesus é o Senhor de nossas vidas.
A primeira carta de João nos fala para não admirarmos o fato do mundo nos odiar; pois odiou Aquele que se fez carne primeiro e o odiou tanto que o levou a morte de Cruz. Ao olharmos para esta página somos convidados a encarar as incompreensões do mundo como sinal desta pertença a Cristo o Senhor.
A carta prossegue dizendo que quem possuir bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como pode estar nele o amor de Deus?
Aqui faço um parêntesis para lembrar a todos que devemos como cristãos católicos nos compadecer de tantos e tantos irmãos que passam todos os tipos de necessidades.
Neles está a grande oportunidade de mostrar que o amor de Deus está em nós. Pense nisso!
Por fim arrematamos tudo com o versículo que diz: “Meus filhinhos não amem com palavras nem com a língua, mas por atos e em verdade”. Aqui na comunidade sempre dizemos que falar até papagaio fala; logo o verdadeiro cristão católico deve falar menos e fazer mais!
Rezemos com o salmista: Aclamai o Senhor, ó terra inteira, servi ao Senhor com alegria, ide a ele cantando jubilosos! Sabei que o Senhor, só ele, é Deus, ele mesmo nos fez, e somos seus, nós somos seu povo e seu rebanho. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

Leitura: 1 João 3,11-21
Salmo: 100
Evangelho: João 1,43-51