Sábado da 26ª. Semana comum

Amados irmãos e irmãs 

“Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos”.
Os setenta e dois voltam alegres, a missão foi cumprida e pela euforia dos discípulos podemos dizer que foi bem sucedida, Jesus, quer agora prepará-los para novos combates e por isto diz: “Não vos alegreis porque os espíritos se sujeitaram a vocês, mas sim porque estão fortalecidos para o resto do combate”.
Os discípulos assim como nós não são superhomens, são pessoas comuns, não eram poderosos, nem ricos ou importantes, mas souberam entender que o Reino Messiânico estava em Jesus e não nos homens.
O papa Francisco na homília de 23/04/2013 nos disse: “Os setenta e dois discípulos voltaram cheios de alegria”. Quando Barnabé chegou e viu a graça que Deus havia concedido, ficou muito contente (At 11,23). É a alegria própria do evangelizador; é como dizia Paulo VI, a doce e consoladora alegria de evangelizar (Evangelii nuntiandi 80). E esta alegria aparece na sequência de uma perseguição, de uma grande tristeza, e termina em alegria. E assim a Igreja avança como diz um santo, entre as perseguições do mundo e as consolações do Senhor (cf Sto Agostinho, De Civitate Dei 18,51,2). Assim é a vida da Igreja. Mas, se queremos caminhar pela estrada da mundaneidade, negociando com o mundo, nunca gozaremos da consolação do Senhor. E se procuramos só consolação, esta será uma consolação superficial, uma consolação humana; não a consolação do Senhor. A Igreja caminha sempre entre a cruz e a ressurreição, entre as perseguições e as consolações do Senhor. E este é o caminho: quem vai por esta estrada não se engana.
Pensemos hoje na ação missionária da Igreja: naqueles discípulos que, esquecidos de si mesmos, partiram, e também naqueles que tiveram a coragem de anunciar Jesus aos gregos. Pensemos na nossa Mãe Igreja que cresce; Ela cresce com novos filhos, aos quais dá a identidade da fé, porque não se pode crer em Jesus sem a Igreja. E peçamos ao Senhor este desassombro, este ardor apostólico, que nos impulsiona a seguir em frente como irmãos.
Na leitura do livro de Jó vemos que ao final ele reconhece a confusão que fizera com seus pensamentos e agora fala da grandeza, sabedoria e onipotência de um Deus para o qual tudo é possível.
Rezemos com o Salmista: Sou vosso servo: concedei-me inteligência, para que eu possa compreender vossa Aliança! Vossa palavra, ao revelar-se, me ilumina, ela dá sabedoria aos pequeninos. Amém.
Reflexão feita Pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia
1ª. Leitura: Jó 42,1-3.5-6.12-16
Salmo: 118
Evangelho: Lucas 10,17-24