Sábado – 4ª. Semana comum

Amados irmãos e irmãs
Eram como ovelhas que não têm pastor!
Esta frase do Evangelho nunca foi tão atual. Quando olhamos para a multidão de homens e mulheres que não sabem para onde ir ou ainda o que é pior; grande multidão segue falsos pastores.
Nesta semana vimos no Evangelho que Jesus enviou os apóstolos dois a dois e hoje na volta os apóstolos parecem que querem fazer uma avaliação da missão para a qual tinham sido enviados; é como que uma prestação de contas.
Uma avaliação dirigida por Jesus; imaginem só a alegria de todos, pois eles haviam experimentado o poder da Palavra; mas Jesus pelo jeito não era muito dado a reuniões e por isto os convida a descansar.
Jesus pede que descansem e isto traz para nós um grande ensinamento; isto é, o discípulo missionário precisa descansar para estar pronto para a próxima. É preciso recobrar as forças.
O que Jesus já percebia lá nós percebemos aqui hoje; qual seja nossos agentes de pastoral e também nossos padres estão em um ativismo incontrolado.
Ele é muito prejudicial e o que causa este ativismo incontrolado não é apenas um motivo, mas vários dentre os quais podemos destacar: o apego ao cargo ou a função não dando espaço para os outros; agentes e padres que não sabem delegar; escassez de pessoas com conhecimento especializado; falta de investimento na formação e especialização de agentes de pastoral.
Apesar de Jesus querer se afastar e descansar com os apóstolos nós vemos que Ele mesmo percebe que aquela multidão esta como que ovelhas sem pastor e aí Jesus tem compaixão.
A palavra compaixão é palavra cristã e seu sentido é que aquele que tem compaixão é o que sofre a paixão junto; se compadece e vai até o outro ajudando o a carregar a cruz e consequentemente aliviando um pouco o sofrimento e a dor.
A carta aos hebreus traz um precioso ensinamento quando diz: “Sede submissos e obedecei aos que vos guiam”.
Isto porque nos tempos atuais existe certa tendência desprezar autoridade daqueles que são responsáveis pela vida pastoral de nossas comunidades. Certamente é fermento de satanás que entra pelas frestas que deixamos.
Rezemos com o Salmista: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso,
nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado,
eles me dão a segurança! Preparais à minha frente uma mesa,
bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda. Felicidade e todo bem hão de seguir-me por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

Leitura: Hebreus 13,15-17.20-21
Salmo: 23
Evangelho: Marcos 6,30-34