Sábado – 30ª. Semana Comum

14606504_1109195379165686_4823588651713706742_nAmados irmãos e irmãs
Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado.
Quão longe estamos desta premissa! Infelizmente trouxemos para dentro de nossas comunidades hábitos que não são nada cristãos na forma de escolher funções e ministérios nos mais diversos serviços e pastorais. Lembramos aqui do filme “Auto da compadecida” quando o bispo já falecido reivindica no céu um lugar especial para os eclesiásticos. Obvio é que por questões práticas os que servem o altar, a música etc., precisam de local reservado nas celebrações, mas isto não significa que sejam mais importantes do que o fiel que se assentou no último banco da Igreja.
Nas festas aqui no mundo também notamos isto, pois é um tal de desfilar carrões, vestidos, joias, etc.( lembram da cerimônia do Oscar,Grammy,etc.) Já vimos certa feita uma autoridade levantar e ir embora de uma solenidade só porque alguém que ela julgava menos importante ter ido fazer parte da mesa e ela não;outra fez o maior escândalo porque o cerimonial não citou seu nome e por aí vai…
O que Jesus nos ensina é que o humilde não é aquele pobre em bens materiais ou sem diploma; mas sim aquele que às vezes tendo muitos bens materiais, tendo muita sabedoria não deixa que ela lhes suba a cabeça e continua a servir a todos na maior simplicidade.
Conhecemos muitas pessoas que não tem absolutamente nada exceto o orgulho (a soberba) que é a antítese da humildade. Lembremos da Sagrada Escritura:” Há também três espécies de pessoas que eu detesto e cujo comportamento me irrita profundamente: o pobre orgulhoso, o rico mentiroso e o ancião adúltero e sem bom senso “. (Eclo 25,2)
A humildade é a única virtude diante da qual o inimigo fica sem ação, sem saber o que fazer e por isto Jesus insiste que um coração humilde sempre será exaltado pelo Pai. A prudência recomenda que não exijamos tapete vermelho, motorista e nem sinos tocando, pois se chegar alguém maior passaremos vergonha.
Não permitamos que na Igreja de Jesus haja “castas” ou que se façam celebrações especiais para estes ou aqueles em virtude de sua condição social; seria o cúmulo do absurdo termos a missa dos empresários, a dos banqueiros e depois termos a missa dos favelados, dos moradores de rua, das empregadas domesticas, etc. Se na abrirmos o olho isto pode vir a acontecer!
E é diante da realidade de seu tempo e dos dias atuais que São Paulo vai dizer: “meu ardente desejo e minha esperança são que em nada serei confundido, mas que, hoje como sempre, Cristo será glorificado no meu corpo; porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”. Quão bom seria se as pessoas ao olharem para nossas atitudes não nos confundissem, mas tivessem certeza que somos de Deus, da nação santa, do povo escolhido. Ele vai dizer ainda que gostaria de partir já, mas como vê tanta coisa por fazer necessita ficar. Apliquemos isto a nossa missão. Sabemos que se morrermos hoje e alcançarmos a glória tudo será alegria, mas quantos irmãozinhos ainda não conhecem o Evangelho e precisam de nós.
Rezemos com o salmista para que peregrino e feliz caminhando para a casa de Deus, entre gritos, louvor e alegria e tudo isto porque minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo!

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

Leitura: Filipenses 1,18-26
Salmo: 42
Evangelho: Lucas 14,1. 7-11