Sábado – 2ª. Semana da Páscoa

18198249_1302403103178245_1317963878549837693_nAmados irmãos e irmãs
Se com Ele tudo pareceu fracasso; pior sem Ele!
O medo dos discípulos se justificava porque se antes, caminhando com Ele, a história acabou tão mal, agora o risco de um novo fracasso era ainda maior, pois Jesus não estava mais com eles.
Todas as evidências indicavam que o cristianismo estava fadado ao fracasso; aos olhos humanos não teria como dar certo.
Ainda hoje parece que tudo contraria o evangelho e nós cristãos vemos as forças do mal se fazerem presentes até em nossas comunidades. São divisões, discórdias, escândalos, cristãos que desistem de viver a Fé e fracassam em sua caminhada.
A impressão é que as forças do mal imperam na humanidade e querem engolir a Igreja.
O que pode a Igreja de Cristo fazer para mudar os rumos da humanidade?
Como vemos as mesmas inquietações que afligiam o coração de todos os discípulos afligem hoje os nossos corações.
Mas diante de tudo isto é o Senhor que vem em nosso socorro e nos diz: “Coragem, sou eu, não temais”.
Uma comunidade que vive a fé autêntica com certeza irá reconhecer o Ressuscitado, em meio às adversidades da vida e jamais desanimará, pois sabe que Ele está no meio de nós.
Jesus está acima das leis naturais e por isto Ele passou pelas portas fechadas do cenáculo, por isto Ele anda sobre as águas ou ascende aos céus desafiando a lei da gravidade.
Somos convidados em todas as nossas dificuldades, no mar agitado da vida, quando sentimos medo , a ouvir a voz suave de Jesus que nos diz “Sou Eu, não tenhais medo”!
A leitura do livro dos Atos dos apóstolos deve nos levar a refletir que quando o ativismo tomar todo nosso tempo e às vezes sequer sobrar tempo para rezar ou para realizar o essencial da missão; precisamos escolher colaboradores para tarefas que podemos delegar.
Vemos aqui que o cuidado com órfãos e viúvas estava tomando tanto tempo dos apóstolos que eles iluminados pelo Espírito Santo escolhem sete homens para atuar como diáconos.
Eles escolheram: Estevão (protomártir do cristianismo), Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia (era pagão). Eles oraram e impuseram as mãos (aqui temos a primeira ordenação diaconal)
Interessante é que lemos que os diáconos foram instituídos para servir a mesa (altar) e para a caridade (cuidado com os órfãos e as viúvas); porém com o passar do tempo foi cristalizado pela tradição que o diácono é também homem da Palavra, além da liturgia e da caridade.
Rezemos com o Salmista: Quanto ao nosso Deus reta é a sua palavra
e tudo o que ele faz merece fé. Deus ama o direito e a justiça, transborda em toda a terra a sua graça. O Senhor pousa o olhar sobre os que o temem e que confiam, esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria. Amém.

Reflexão feita pelo diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Atos 6,1-7
Salmo: 33
Evangelho: João 6,16-21