Festa da Cátedra de São Pedro

16683996_1229967790421777_1815037669604489655_nAmados irmãos e irmãs
Que resposta você daria para Jesus se Ele te perguntasse: E tu quem dizes que sou?
Não vale os famosos chavões: É o Filho de Deus, meu redentor, o Messias, o Emanuel, etc. Nós devemos buscar uma resposta que brote do fundo do nosso coração e que verdadeiramente expresse nossa relação íntima com Jesus.
Entre os casais é comum notar isto quando vemos tratamento do tipo: amorzinho, morzinho, bem, benzinho, minha nega, meu nego, etc.
Pedro não tinha perfil para ser Chefe, mas a sua profissão de Fé em Jesus foi que o credenciou para ser o nosso primeiro Papa e consequentemente príncipe dos apóstolos.
Jesus queria saber o que pensava os apóstolos sobre a opinião das outras pessoas (os pagãos da Cesaréia); interessante seria hoje cada um de nós respondendo o que achamos de tantas pessoas que veem em Jesus um milagreiro, curandeiro, guru, etc., mas não conseguem vê-lo como Filho de Deus!
O padre jesuíta Jaldemir Vitório nos lembra de que se Pedro tivesse
Olhado para Jesus apenas como homem ele Pedro teria transformado a comunidade num grupo guerrilheiro para impor o Reino de Deus a ferro e fogo.
Se considerasse Jesus como um profeta reencarnado (Elias, João Batista ou Jeremias) Pedro teria feito uma pregação apocalíptica do fim do mundo, impondo medo e terror.
Se a fé de Pedro fosse imprecisa teria proclamado uma mensagem insossa.
Vale destacar três versículos deste diálogo:
Jesus diz – “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Em tempos de renúncia do Papa e de tanta gente falando asneiras é bom lembrar que na Igreja Católica esta palavra se cumpre; pois a nossa Sé em Roma está sobre o túmulo de Pedro e Jesus completa que as portas do inferno jamais prevalecerão sobre Ela; portanto por mais dor e sofrimento que tenhamos não nos preocupemos; pois nossa esperança é Cristo. Lembramos aqui de tantos reinos erguidos e caídos como o próprio império romano, o napoleônico, o nazista, o fascista, o comunista tudo ruiu, mas a Igreja de Jesus permaneceu e permanecerá eternamente.
Jesus diz – “Te darei as chaves do Reino e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”. Vejam meus irmãos que Jesus não falou em chave da Igreja, mas sim em chave do Reino e bem sabemos que o Reino é maior que a Igreja então não dá para duvidar do poder recebido por aquele que aqui na terra é o Vigário de Cristo.
Pedro responde – “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”. Aqui convidamos todos os cristãos católicos a fazer coro e responder que pelo nosso batismo quando alguém perguntar quem somos devemos com muita humildade responder: Eu sou filho do Deus vivo!
O conselho de Pedro para os pastores da Igreja deixa claro que a quem é confiado um rebanho não deve agir como dominador absoluto, mas como modelo a ser imitado. Deve agir com cuidado e dedicação e não com interesse sórdido. Ao meditar sobre estas palavras de Pedro nos envergonhamos de alguns que se intitulam pastores apenas para sugar tudo que as ovelhas podem oferecer e na hora do perigo é o primeiro a correr deixando as ovelhas a mercê do inimigo; aliás, que pior inimigo poderia haver para elas do que eles mesmos.
São Leão Magno, papa, doutor da Igreja no Sermão 4, sobre o aniversário da sua ordenação nos diz: “Sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja”. Nada podia escapar à sabedoria e ao poder de Cristo: os elementos da natureza estavam ao seu serviço, os espíritos obedeciam-Lhe e os anjos serviam-no. De entre os homens de todo o mundo, é Pedro o único escolhido para ser posto à frente de todos os povos chamados à fé, para ser posto à frente de todos os apóstolos e de todos os Padres da Igreja; e assim, embora haja no povo de Deus muitos sacerdotes e muitos pastores, Pedro é o verdadeiro guia de todos aqueles que têm Cristo como chefe supremo.
A todos os apóstolos pergunta o Senhor o que pensam os homens acerca dele; e a resposta de todos revela de modo unânime as hesitações da humana ignorância. Mas quando procura saber o pensamento dos discípulos, o primeiro na confissão do Senhor é o primeiro na dignidade apostólica. Tendo ele dito: Tu és Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus respondeu-lhe: És feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que te revelaram, mas sim meu Pai que está nos céus (Mt 16,16-17); ou seja, és feliz porque meu Pai te ensinou, e não foste enganado pela opinião da terra, mas instruído pela inspiração do céu; e não foram a carne nem o sangue que te revelaram, mas sim Aquele de Quem sou o Filho Unigênito.
E Eu digo-te, acrescentou; ou seja, assim como meu Pai te manifestou a minha divindade, assim Eu te revelo a tua dignidade: Tu és Pedro, isto é: Eu sou a pedra inquebrantável, Eu sou a pedra angular que de dois povos fez um só (Ef 2,20.14), Eu sou o fundamento que ninguém pode substituir (1Cor 3,11); todavia, também tu és pedra, porque solidário com a minha força e, desse modo, o poder que me é próprio por prerrogativa pessoal ser-te-á comunicado pela participação comigo. E sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja (Mt 16,18). Sobre esta fortaleza construirei um templo eterno, e as alturas da minha Igreja, que hão de penetrar no céu, erguer-se-ão sobre a firmeza da fé de Pedro.
Rezemos com o Salmista: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança! Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda. Felicidade e todo bem hão de seguir-me por toda a minha vida; e na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

Leitura: 1 Pedro 5,1-4
Salmo: 23
Evangelho: Mateus 16,13-19