5º. Domingo do Tempo Comum

16387133_1213581388727084_7828390014000360943_nAmados irmãos e irmãs
“Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”.
Você já parou para pensar naqueles agentes de pastoral que são anônimos e passam quase que despercebidos, mas que são sal e luz na vida de muitas pessoas. Poderíamos citar aqui os agentes da pastoral da saúde que visitam casas e hospitais, os da pastoral carcerária que levam consolo aos presos, os da pastoral da criança, os vicentinos e suas cestas, enfim ficaríamos aqui a escrever uma lista infinita.
Interessante é que nenhum destes agentes está à procura da fama que as luzes artificiais dos holofotes da mídia produzem, mas sim entenderam e buscam a única Luz capaz de fazer a diferença na vida de tantos irmãos excluídos que é Jesus! Esses agentes de pastoral não vão fazer troca e nem proselitismo para convencer os moradores a frequentarem as missas, pois muitos são protestantes e outros nem religião têm. Que o nosso Sal não seja insosso e a nossa Luz não esteja queimada e nem escondida, por desleixo, omissão ou comodismo.
Jesus como que dá uma ordem para nós: Se somos discípulos missionários é preciso que brilhe nossa luz e nossa luz é Jesus! Não podemos guardar para nós ou nosso grupinho o que recebemos. É preciso iluminar o mundo. Jesus também sabe de nossa capacidade afinal foi Ele quem nos capacitou e somente se formos sal da terra e luz do mundo, poderemos livrá-lo das garras do inimigo. Para cumprir esta missão de ser luz do mundo e sal da terra devemos superar a ilusão de que exista uma religião mágica que faça isto; ou que aplicando falsos métodos e apoio humano possamos obter êxito.
Devemos ser neste mundo, sal, luz e fermento, pois “a Igreja cresce, não por proselitismo, mas por atração; como Cristo atrai tudo para si, com a força do seu amor, a Igreja atrai quando vive em comunhão, pois, os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou” (DAp 159).
Na primeira leitura do livro do profeta Isaías vemos que a justiça de Deus caminhará diante de nós e sua glória seguirá na nossa retaguarda somente se alimentarmos os pobres dando lhes abrigo e dirimindo toda a opressão. O capítulo 58 do profeta Isaías é uma grande crítica e rejeição da parte de Deus acerca de uma religião que feche o indivíduo em si mesmo e de uma prática religiosa que patrocine a vaidade pessoal ou de grupo. Aqui já somos convidados a sermos bem-aventurados e isto significa ser sal e luz não por causa de coisas grandiosas, mas sim pelas pequenas coisas feitas aos preferidos do Senhor: os pobres! Tem muita religião que é uma verdadeira casta pois só entram quem eles querem e se julgam melhores que todos os demais; mas não nos esqueçamos que também dentro de nossa amada Igreja Católica Apostólica Romana vamos encontrar aqueles que já dominaram o Espírito Santo e assim decidem tudo como se fossem Deus.
Na segunda leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios o apóstolo vai falar da simplicidade com que se apresentou e o estado de fraqueza e temor. Não tinha eloquência alguma e tudo isto para demonstrar o poder do Espírito para que a fé não fosse baseada na sabedoria humana, mas no poder de Deus. Quando reconhecemos nosso nada e só assim será possível reconhecer o Tudo que é Deus.
Rezemos com o Salmista: Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos. Feliz o homem caridoso e prestativo, que resolve seus negócios com justiça. Porque jamais vacilará o homem reto, sua lembrança permanece eternamente! Ele não teme receber notícias más: confiando em Deus, seu coração está seguro. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Isaías 58,7-10
Salmo: 111/112
2ª. Leitura: 1 Coríntios 2, 1-5
Evangelho: Mateus 5,13-16