27º. Domingo Comum

14440843_1085472388204652_4676085442546718783_nAmados irmãos e irmãs
“Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer”. Esta página do Evangelho não é para depreciar o papel de cada um de nós enquanto filhos e filhas de Deus; mas sim para mostrar que não devemos vangloriar nos daquilo que tivermos feito se isto for nosso dever.
Os apóstolos fazem um pedido que nós todos sempre fazemos: Senhor aumentai a nossa fé! Jesus acolhe o pedido, mas adverte os apóstolos de ontem e nós nos dias de hoje de que não temos muita fé porque se a tivéssemos do tamanho de um grão de mostarda faríamos grandes coisas. Qualquer objetivo em nossa vida só é alcançado se acreditarmos nele e trabalharmos para que ele aconteça e isto é o que devemos aplicar no campo da fé. Quando deixamos de investir em algo é porque a fé se foi. O mundo não compreende que a fé jamais deixa desistir. Com certeza você já ouviu frases do tipo: esse aí não tem mais jeito; queimar vela com defunto ruim; está é a última chance; etc.; com certeza estas frases não são cristãs.
A Fé que devemos ter não é aquela que faz coisas prodigiosas, sem explicação, mas sim aquela que consegue transformar a nossa mentalidade e nossa relação com Deus! Os Dons maravilhosos que o Senhor nos concede, são todos imerecidos. E um coração orgulhoso , vaidoso e prepotente nem sempre aceita o que é de graça, para não reconhecer a superioridade de quem concede.
Os se julgam pecadores estão sempre mais abertos a gratuidade do Amor Divino ao passo que aqueles que se julgam santos a dispensa.
Diante de um mundo cada vez mais agressivo, porque está sedento de dinheiro e lucro, a Palavra de Deus proclama que o justo vive pela fé. Através da fé, mesmo se pequena como a semente de mostarda, é que iremos resistir à violência e iniquidade social.
A fé oferece a possibilidade de fazer tudo em Deus, quem tem fé não se deixa seduzir pelo poder e prestígio e muito menos irá desanimar no fracasso.
Uma grande missão para a cultura cristã é a defesa da vida desde a concepção até a morte natural. É nesse sentido que celebramos, no próximo dia 8, o Dia do Nascituro. Iniciamos também em outubro o Mês missionário e pela Campanha Missionária, toda a comunidade cristã é convidada a renovar seu compromisso batismal em conformidade ao mandato de Jesus Cristo, “Ide e fazei discípulos todas as nações” (Mt 28, 19).
Na primeira leitura da profecia de Habacuc vemos o lamento daquele que clama ao Senhor e que sente estar demorando a ser atendido; mas o Senhor responde que se demorar devemos esperar, pois com certeza virá; pois o justo vive da fé.
Na segunda leitura da primeira carta de são Paulo a Timóteo o apóstolo exorta o bispo Timóteo para reavivar os dons que recebeu uma vez que Deus não lhe deu timidez, mas sim amor, fortaleza e sobriedade. Portanto não tenhamos vergonha e nem medo. E como estamos vivendo hoje com os dons que Deus nos deu? Será que não estamos sendo pessimistas demais, desanimados e o que é pior desanimando os outros.
Rezemos com o Salmista: Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Oxalá ouvísseis hoje a sua voz; não fecheis os corações como em Meriba, como em Massa, no deserto, aquele dia, em que outrora vossos pais me provocaram, apesar de terem visto as minhas obras. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Hab 1,2-3; 2,2-4
Salmo: 95/94
2ª. Leitura: 2Tm 1,6-8.13-14
Evangelho: Lc 17,5-10