1º. Domingo do Advento

Amados irmãos e irmãs23905463_1507772442641309_1431404400217409065_n
O Tempo do Advento é um tempo privilegiado para acolhermos Aquele que vem nos visitar.
O advento é dividido em dois momentos que mostram a dupla manifestação: de Graça (primeira vinda) e de Glória (segunda vinda).
1º Advento Escatológico: Do 1º domingo ao dia 16 de dezembro, toda a liturgia se volta para preparar para a vinda gloriosa do Senhor. Nas leituras e no Evangelho a temática será a da preparação interior de cada um.
2º Advento Natalício: Do dia 17 ao dia 24 de dezembro a liturgia é uma preparação mais imediata para a festa do Natal.
É momento de resgatar o verdadeiro sentido do Natal que é uma solenidade tão cara a todos nós cristãos católicos.
A liturgia de hoje nos mostra que o discurso escatológico de Jesus é um discurso sobre os últimos e definitivos acontecimentos e não tem por objetivo prever ou adivinhar o futuro. Precisamos, pois nos espiritualmente para não vivermos superficialmente de maneira leviana; sabermos lutar para vencer as armadilhas da sensualidade que nos mantêm prisioneiros do corpo e não incorrer em engano proveniente das necessidades da existência.
“Vigiar” é, ainda, se manter fiel à tarefa dada por Deus; assumir o nosso papel e tarefa na construção do Reino de Deus. Vigiai! Vigiar é estar sempre atento à presença de Deus em nossa vida, que se manifesta do modo mais inesperado e em horas que nem estamos esperando.
É assegurado a todos os discípulos missionários dos tempos atuais que nesta caminhada pelo mundo ao final iremos ter um encontro definitivo e libertador com Jesus. “O Senhor vem”. É esta certeza que deve animar e dar esperança a cada um de nós, principalmente nos momentos de crise e de confusão; quando tudo parece perdido, quando tudo parece ruir à nossa volta.
Para não deixar o desânimo tomar conta citamos uma frase fresquinha saída da boca do papa Francisco em Carta dirigida aos consagrados por ocasião da celebração de seu ano: Três objetivos para o Ano da Vida Consagrada: olhar para o passado com gratidão, viver o presente com paixão e abraçar o futuro com esperança.
Na primeira leitura do profeta Isaías está a confissão da culpa do povo: ele se afastou do Deus único e verdadeiro. É em razão dessa distância que o povo não consegue mais reconhecer a face de Deus; quando estamos longe do alvo tudo se embaralha e não se enxerga corretamente. O mal em nós oculta a imagem de Deus, faz os nossos olhos pesados, é como se tivéssemos cataratas e isto nos torna incapazes de reconhecer o Senhor e a sua ação. Há uma rotina de rebeldia e de infidelidade do povo e é neste contexto que Deus tem que se revelar como Pai e redentor e se dignar “descer” para transformar o coração do seu Povo.
Na segunda leitura da primeira Carta aos Coríntios vemos que Deus se faz presente na história e na vida de uma comunidade, através dos dons e carismas que gratuitamente derrama sobre o seu povo e assim Ele vem continuamente ao encontro dos homens e manifesta-lhes o seu amor. Devemos, pois viver numa permanente atitude de escuta e de acolhimento desses dons.
Neste tempo de Advento a Igreja no Brasil promove a campanha pela Evangelização, com o intuito de fortalecer as nossas Dioceses e paróquias no processo de evangelização.
Rezemos com o salmista: Voltai-vos para nós, Deus do universo! Olhai dos altos céus e observai. Visitai a vossa vinha e protegei-a! Foi vossa mão direita que a plantou; protegei-a, e ao rebento que firmastes! Iluminai a vossa face sobre nós, convertei-nos, para que sejamos salvos! Amém.

Reflexão feita pelo diácono Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Is 63,16b-17.19b; 64,2b-7
Salmo: 25
2ª. Leitura: 1Cor 1,3-9
Evangelho: Mc 13,33-37