15º. Domingo Comum

13640836_1022092697875955_1490126629392826042_oAmados irmãos e irmãs

“Vai, e faze tu o mesmo”.

Qual é em nossos dias a estrada que liga Jerusalém a Jericó?

Quem é este homem que foi atacado por ladrões? E por fim quem são os samaritanos que passam por este caminho? Estas perguntas são respondidas por Jesus a cada um de nós quando refletimos esta belíssima página do evangelho.

Casais em nova união, mães solteiras, prostitutas, gays, favelados, presidiários, usuários de entorpecentes, etc. Irmãos e irmãs com quem ninguém quer perder tempo e que estão ali no nosso caminho, mas não significam nada para os que se julgam importantes.

Os feridos da Comunidade, é estar com eles o tempo todo, é cuidar de suas feridas, é providenciar para que sejam acolhidos e muito bem hospedados na comunidade ou na pastoral. Enfim, é ir além do procedimento habitual, é dar-se de si, tudo o que tem para aqueles que nada tem.

Quando estávamos caminhando para esta missa com certeza passamos por pessoas bêbadas ou drogadas e desviamos o nosso olhar. Talvez por medo, mas se pensarmos bem não foi só o perigo que elas representam, mas muito mais pela nossa comodidade.

Dessa maneira o bom samaritano que devemos ser é aquele que “atua” como Deus, seguindo o exemplo de Jesus,é aquele que sente o sofrimento dos homens aos quais se faz próximo para aliviar a dor, curá-los, defendê-los, dar-lhes vida.

As pessoas estão ao nosso redor, depende de nossa atitude para que se convertam em nossos próximos! Somente seremos como o bom samaritano se agirmos pela compaixão e nos aproximarmos delas e praticamos a misericórdia.

O Papa Francisco disse: “Em um mundo em que temos tantas riquezas e recursos para dar de comer a todos, não se pode entender como há tantas crianças famintas, sem educação, tantos pobres… A pobreza, hoje, é um grito, todos devemos pensar se podemos nos tornar um pouco mais pobres”. Ele por primeiro se pergunta: “Como posso me tornar um pouco pobre para me assemelhar a Jesus, mestre pobre.

O Evangelho nos manda ser imitadores de Deus, próximo de todos(as) necessitados(as), porque só é possível encontrar a vida, defendendo-a, cuidando-a naqueles na qual está ameaçada.

Se você tem medo, repulsa ou nojo daqueles que hoje estão nas ruas, nas cadeias ou nos hospitais pergunto então: você esta ajudando aqueles que trabalham com estes preferidos de Jesus. Se você não tem tempo porque trabalha e estuda será que poderia doar um pacote de fralda geriátrica ou um pacote de arroz para aqueles que cuidam destes irmãos.

Você tem em suas orações se lembrado de tantos discípulos missionários que estão na linha de frente atuando juntos a pessoas soropositivas, com hanseníase, escabiose, e tantas outras doenças? Ou será que você é daqueles que na oração só pede pelo seu emprego, pela sua família, pelo concurso, pela compra da casa própria, do carro do ano. Será que você não é daquele tipo de católico que faz tudo quanto é tipo de novena, que viaja quilômetros em peregrinações, mas sequer olha para os necessitados da comunidade?

Na Eucaristia aprendemos que a lei de Deus é a lei da vida. Ela não está fora do nosso alcance, pois com as mãos tocamos e com a boca saboreamos o dom que nos é feito. Celebramos, portanto, o amor que se tornou mais próximo e mais intimo a nós que a nós próprios, conscientes de que quem ama descobre logo a quem amar. O amor é o caminho para herdar a vida eterna.

Amar de três formas:
– AMAR COMO EU ME AMO – AMAR COMO EU AMO JESUS
– AMAR COMO DEUS ME AMA

Na primeira leitura do livro do Deuteronômio vemos que Moisés nos fala que cumprir os mandamentos do Senhor não está acima de nossas forças, nem fora de nosso alcance mas está em nossos corações que se abertos a graça de Deus tudo pode.

Na segunda leitura da carta de Paulo aos Colossenses vemos que Cristo é a Cabeça do corpo que é a Igreja e por seu intermédio reconcilia todas as criaturas ao preço do próprio sangue na cruz, restabelecendo a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus.

Rezemos com o Salmista: Que vosso auxílio me levante,Senhor Deus!

Cantando, eu louvarei o vosso nome e, agradecido, exultarei de alegria! Humildes, vede isto e alegrai-vos: O vosso coração reviverá
Se procurardes o Senhor continuamente! Pois nosso Deus atende à prece dos seus pobres e não despreza o clamor de seus cativos. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Deuteronômio 30,10-14
Salmo: 68/69
2ª. Leitura : Colossenses 1,15-20
Evangelho:Lucas 10,25-37