Terça Feira – 34ª. Semana Comum

15085707_1135123066572917_1879644254225509639_nAmados irmãos e irmãs
“MUITOS VIRÃO EM MEU NOME, DIZENDO: ‘SOU EU’; E AINDA: ‘O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO’. NÃO SIGAIS APÓS ELES”.
Amados quem diz isto é Jesus e que bom ouvir esta Palavra que conforta e nos faz depositar toda nossa confiança unicamente em Deus. É o advento dos falsos profetas, este tempo sim já chegou, pois é possível encontrar em todo canto aqueles que falam barbaridades em nome de Jesus enquanto enchem seus bolsos e surrupiam tudo que podem dos mais pobres e incautos.
Quando se ouve tanta especulação sobre o fim do mundo; Jesus está a nos dizer que a hora se aproxima, mas ainda não é agora; pois muitas coisas ainda terão que acontecer e a coisa que Jesus mais quer que aconteça antes de tudo é a nossa verdadeira conversão. Aquilo que para muitos é demora de Deus nós chamamos de santa paciência de Deus; isto mesmo Deus tem muita paciência conosco, pois Ele quer que um maior número se converta. É como um pai que demora a tomar uma decisão contra um filho na esperança de que ele mude.
Jesus também faz alusão à destruição do templo, ou seja, não ficará pedra sobre pedra e isto porque os judeus estavam valorizando mais o templo do que Deus. Hoje também temos que tomar muito cuidado para não valorizarmos mais a Igreja como instituição com seus cargos e sua estrutura, com suas obras de arte e bela arquitetura do que os valores do Reino e do Evangelho, que são eternos. A Igreja é sinal visível do Reino, mas ela não é o reino.
Por falar em valorizar os bens morais é bom frisar que segundo nosso papa Francisco e repetindo São Lourenço o tesouro da Igreja é o pobre e ele instituiu no 33º. Domingo comum o dia dos pobres. Lembro-me que ontem estive no sepultamento do Bispo emérito de Franca Dom Diógenes e ao ouvir a leitura de seu testamento pude vislumbrar a riqueza da Igreja quando ele disse: os meus bens materiais ficam para a Igreja e peço aos meus familiares que respeite esta vontade.
São Cirilo de Jerusalém bispo e doutor da Igreja nas Catequeses batismais, nº 15 nos ensina: O Senhor virá dos céus sobre as nuvens, Ele que para lá subiu sobre as nuvens (cf At 1,9). Com efeito foi Ele que disse: Verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu, com grande poder e glória (Mt 24,30). Mas qual será o verdadeiro sinal da sua vinda, para que as potências inimigas não ousem enganar-nos, simulando-a? Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem (Mt 24,30). O sinal verídico e próprio de Cristo é a cruz. O sinal de uma cruz luminosa precede o rei, designando Aquele que anteriormente foi crucificado a fim de que, ao vê-Lo, aqueles que antes o tinham trespassado com cravos e cercado de armadilhas bata no peito: contemplarão aquele a quem trespassaram; chorarão por Ele como se chora um filho único e lamentá-lo-ão como se lamenta um primogênito (cf Zc 12,10). E dirão: Escondei-nos da face daquele que está sentado no trono e da cólera do Cordeiro (cf Ap 6,16). E, cercados de exércitos de anjos, em nenhum lado encontrarão refúgio.
Para os inimigos da cruz, o temor será o sinal. Mas será a alegria para os seus amigos que creram na cruz ou a pregaram ou sofreram por ela. Quem, portanto, terá a felicidade de ser considerado dos amigos de Cristo? Ele não desdenhará dos seus servos, esse rei glorioso, rodeado e guardado por anjos e que se senta no mesmo trono do Pai (cf Ap 3,21). Pois, para que os eleitos não sejam confundidos com os inimigos, Ele enviará os seus anjos, com uma trombeta altissonante, para reunir os seus eleitos dos quatro ventos (Mt 24,31). Ele, que não esqueceu Lot no seu isolamento (cf Gn 19,15; Lc 17,28), como poderia esquecer-se da multidão dos justos? Vinde, benditos de meu Pai (Mt 25,34), dirá Ele àqueles que serão transportados em carros sobre as nuvens e que os anjos terão reunido.
Diz a leitura do Apocalipse: “A HORA DA COLHEITA CHEGOU”!
“Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, pois está madura a seara da terra”.
Amadurecer é um processo pelo qual temos que passar e isto não se faz do dia para a noite; a fruta tem que esperar seu tempo para ser colhida, pois se for colhida antes apodrecerá.
Na nossa vida de cristãos cada um também tem que ter paciência com os outros e consigo mesmo.
Não podemos queimar etapas; pois se assim fizermos corremos o risco de abortar a conversão de pessoas que estão no início da caminhada.
Cada um tem seu tempo e não adianta querermos dar o mesmo tempo para todos.
O único tempo que é o mesmo para todos é o tempo de Deus, mas este tempo de Deus escapa de nossa capacidade intelectiva.
Rezemos com o salmista: Senhor nosso Deus vós que governais o mundo com justiça e julgais os povos com lealdade; não olheis para nossas faltas, mas para os méritos de vosso amado Filho Jesus que por nós deu a vida e assim possamos um dia estar convosco na Pátria Celeste. Amem.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

Leitura: Apocalipse 14,14-19
Salmo: 96
Evangelho: Lucas 21,5-11