Terça Feira – 10ª. Semana Comum

19029359_1344620525623169_4202925254004647053_nAmados irmãos e irmãs
“Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus”.
Você já parou para pensar naqueles agentes de pastoral que são anônimos e passam quase que despercebidos, mas que são sal e luz na vida de muitas pessoas. Poderíamos citar aqui os agentes da pastoral da saúde que visitam casas e hospitais, os da pastoral carcerária que levam consolo aos presos, os da pastoral da criança, os vicentinos e suas cestas, enfim ficaríamos aqui a escrever uma lista infinita.
Interessante é que nenhum destes agentes está à procura da fama que as luzes artificiais dos holofotes da mídia produzem, mas sim entenderam e buscam a única Luz capaz de fazer a diferença na vida de tantos irmãos excluídos que é Jesus! Esses agentes de pastoral não vão fazer troca e nem proselitismo para convencer os moradores a frequentarem as missas, pois muitos são protestantes e outros nem religião têm. Que o nosso Sal não seja insosso e a nossa Luz não esteja queimada e nem escondida, por desleixo, omissão ou comodismo.
Jesus como que dá uma ordem para nós: Se somos discípulos missionários é preciso que brilhe nossa luz e nossa luz é Jesus! Não podemos guardar para nós ou nosso grupinho o que recebemos É preciso iluminar o mundo. Jesus também sabe de nossa capacidade afinal foi Ele quem nos capacitou e somente se formos sal do mundo, poderemos livrá-lo das garras do inimigo. Para cumprir esta missão de ser luz do mundo e sal da terra devemos superar a ilusão de que exista uma religião mágica que faça isto; ou que aplicando falsos métodos e apoio humano possamos obter êxito.
Devemos ser neste mundo, sal, luz e fermento, pois “a Igreja cresce, não por proselitismo, mas por atração; como Cristo atrai tudo para si, com a força do seu amor, a Igreja atrai quando vive em comunhão, pois, os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou” (DAp 159).
São Rafael Arnaiz Barón, monge trapista nos seus Escritos espirituais, de 27/12/1936 nos ensina: Embora a minha alma não seja casta como a de José nem tenha o amor de Maria, ofereci ao Senhor a minha absoluta pobreza de tudo, a minha alma vazia. Se não lhe cantei hinos como os anjos, tentei cantar-lhe alguns refrões dos pastores, a canção do pobre, daquele que nada tem; a canção daquele que só pode oferecer a Deus misérias e fraquezas. Mas que importa, porque as misérias e as fraquezas oferecidas a Jesus com um coração verdadeiramente amoroso são aceitas por Ele como se de virtudes se tratasse. Grande, imensa é a misericórdia de Deus! A minha carne mortal não ouve os louvores do céu, mas a minha alma adivinha que hoje, tal como outrora, os anjos olham espantados para a Terra e entoam Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade!
Na segunda carta aos Coríntios Paulo responde àqueles que o criticam e julgam inconstante, ele confirma sua fidelidade a Deus: Deus é testemunha de que a nossa palavra dirigida a vós não é sim e não (v. 18). Deus é constante e permanece constante em tudo o que faz. Deus é fiel. Deus não é “sim” e “não”. Em Jesus, foi, é e sempre “sim”. Peçamos a Deus que o sim de nosso batismo seja verdadeiramente SIM!
Rezemos com o Salmista: Libertai-me da opressão e da calúnia, para que eu possa observar vossos preceitos! Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo, e ensinai-me vossas leis e mandamentos! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: 2Cor 1,18-22
Salmo: Sl 118,129-135
Evangelho: Mt 5,13-16