Solenidade de Nossa Senhora da Conceição Aparecida

14642248_1093849197366971_736615985359819004_nAmados irmãos e irmãs. “Fazei o que ele vos disser”.
Na solenidade da mãe de Deus no título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida nada melhor do que este versículo para traduzir tudo o que Maria significa para nós cristãos católicos. Ela é a mulher do SIM, a mulher da vontade do Pai, a mulher que não pede, mas manda que façamos tudo que seu filho Jesus nos pedir e Ele só pediu uma coisa “Amai-vos uns aos outros…”
A mãe de Jesus é mencionada apenas duas vezes por João: no início do seu ministério, nas bodas de Caná e no final que é o momento da Cruz. Nas bodas ainda não era chegada a hora de Jesus, a mãe representa o antigo Israel, na Cruz a hora chegou e ela representa o novo Israel, novo povo nascido da Nova e eterna Aliança.
O evangelho das bodas de Caná mostra o primeiro sinal que Jesus realiza, e só aparece no evangelho de João. Ele é um convite a todos nós para fazermos um encontro com Aquele que deve ser o do único e verdadeiro amor de nossas vidas, Aquele que nos deu uma mãe que intercede e sabe de nossas necessidades e por isto vai pedir ao Filho o vinho tão essencial para nossa verdadeira festa.
A transformação da água em vinho de excelente qualidade simboliza os tempos messiânicos, tempo de festa e de alegria pela salvação operada por Deus.
Hoje Jesus continua a nos oferecer o Vinho novo, de incomparável sabor, mas este Vinho novo não cai do céu, mas ele só será transformado com nossa participação; por isso é preciso encher nossas talhas, é preciso estar abastecido e isto se consegue na oração, no jejum, na abstinência e principalmente no amor aos irmãos.
Nós somos a Igreja de Jesus, a noiva do Senhor, por quem ele deu a vida e vida eterna, para onde quer nos levar, mas para que isto aconteça é preciso: FAZER TUDO O QUE ELE NOS DISSER, como nos pede Maria sua Mãe, àquela que já experimentou e se fez discípula missionária.
Se nós queremos ser discípulos missionários devemos aprender da escola de Maria e se comportar de maneira a buscar fé (adesão a Jesus) e vida (atenção às necessidades do próximo).
Na leitura do livro de Ester é impossível não se lembrar do episódio de Herodíades que também podendo pedir metade do reino pede justamente a cabeça de João Batista e aqui ao contrário Ester não pede metade do reino, mas a libertação do seu povo. É a rainha que intercede pelo seu povo ao dizer: “Se achei graça a teus olhos, ó rei, e se ao rei lhe parecer bem, concede-me a vida, eis o meu pedido; salva meu povo, eis o meu desejo”.
Quantos de nós e principalmente nossos políticos quando colocados diante de situações onde temos que optar por vantagens pessoais ou por benefícios à comunidade esquecemos tudo e pensamos de maneira egoísta.
Na leitura do livro do Apocalipse de são João vemos a figura da mulher que é ao mesmo tempo associada a Virgem Maria que dá a luz um menino e que é coroada e também à Igreja. A Igreja que foi perseguida não só na época em que o discípulo amado escreveu o apocalipse, mas ainda hoje e o que é pior continuam matando os filhos e filhas de Deus não mais com espadas ou na Cruz , mas de fome, doenças e tantas coisas mais por causa do poder econômico que ocupou o lugar de Deus na vida de muitos.
Rezemos com o Salmista: Escutai, minha filha, olhai, ouvi isto: Esquecei vosso povo e casa paterna! Que o rei se encante com vossa beleza! Prestai-lhe homenagem: é vosso senhor! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Ester 5,1-2;7,2-3
Salmo: 44/45
2ª. Leitura: Apocalipse 12,1.5.13.15-16
Evangelho: João 2,1-11