Sexta Feira apos Cinzas

Amados irmãos e irmãs27972227_1587855714632981_1532197899372768775_n

A Santa Missa é nosso banquete onde o Noivo se faz presente!
Jesus é o noivo que vem dar novo sentido ao jejum para tirar dele o sentido de puro cumprimento de preceito que levava muitos a se julgar melhor que outros.
Outro detalhe importante de ressaltar e que o jejum não pode ser encarado como castigo ou algo que traz sofrimento e que se faz emburrado ou contra a vontade. Também não deve ser o jejum algo que nos leve a aparentar aquilo que não somos. A Igreja de Jesus não vive de aparências, mas sim da Verdade e esta Verdade é Jesus! Só um coração totalmente aberto à ação de Deus pode entender e praticar o Jejum conforme agrada a Deus. O ponto principal da verdadeira relação com Deus é o amor, a busca da justiça e da igualdade, o respeito e a valorização da vida humana e por isto não podemos ficar apegados às velhas práticas recusando mudanças na mente e no coração que permanecem como que trancados.
Neste Evangelho vemos que os fariseus e os discípulos de João não aceitavam o novo trazido por Jesus; na perceberam que diante deles estava o noivo.
Conviver com Jesus é como uma festa e nós cristãos católicos de hoje podemos dizer que em todas as missas participamos deste banquete onde o noivo se faz presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Por este motivo embora seja a Santa Missa um sacrifício incruento não podemos esquecer que ela é banquete onde a vítima sacrificada é oferecida como alimento e esta vítima é o próprio Cristo que se dá por nós.
O Profeta Isaías não abole o jejum, mas o relativiza em face do amor e da misericórdia ao dizer: “De que serve jejuar, se com isso não vos importais? E mortificar-nos, se nisso não presta atenção? É que no dia de vosso jejum, só cuidais de vossos negócios, e oprimis todos os vossos operários. Passais vosso jejum em disputas e altercações, ferindo com o punho o pobre. Não é jejuando assim que fareis chegar lá em cima vossa voz. É repartir seu alimento com o esfomeado, dar abrigo aos infelizes sem asilo, vestir os maltrapilhos, em lugar de desviar-se de seu semelhante”.

Rezemos com o Salmista: Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei e pratiquei o que é mau aos vossos olhos! Pois não são de vosso agrado os sacrifícios, e, se oferto um holocausto, o rejeitais. Meu sacrifício é minha alma penitente, não desprezeis um coração arrependido! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

Leitura: Isaías 58,1-9
Salmo: 51
Evangelho: Mateus 9,14-15