Sexta Feira – 5º. Dia da Oitava do Natal

25289200_1524588257626394_8420193798152353532_nAmados irmãos e irmãs
“Agora, Senhor, segundo a tua palavra, deixas livre e em paz teu servo, porque meus olhos viram a Salvação”.
Ao nascer Jesus se manifestou, primeiramente, aos pastores representantes dos pobres e excluídos. Ao ser apresentado no Templo, Jesus se revela, primeiramente, aos dois “pobres de Javé”: Simeão e a viúva Ana de 84 anos, que esperavam a libertação de Israel praticando a oração e o jejum.
A prescrição para a purificação da mulher que deu à luz encontra-se em Lv 12,1ss. A prescrição quanto à consagração ou apresentação do primogênito ao Senhor encontra-se em Ex 13, 1.11-12. (40 dias para purificação da mulher lembra-nos o resguardo, se menina 80 dias)
A lei dizia que todo primogênito do sexo masculino, deveria ser consagrado ao Senhor, mas Maria e José não foram ali só para cumprirem uma lei, eles entenderam que aquele filho não lhes pertencia. Nós pais devemos olhar para nossos filhos com os mesmos olhos de José e Maria. Um filho não é propriedade minha e o que Deus nós dá apenas a graça de poder cuidar; pois depois que cresce cada um segue seu caminho. No caso de Jesus como Filho do Deus Altíssimo Ele cresceu em graça e sabedoria e depois foi cuidar das coisas do Pai; não o pai terreno, mas o Pai que está no céu.
Também era norma oferecer um sacrifício e este sacrifício era de acordo com o poder aquisitivo dos pais e pelo sacrifício oferecido por José e Maria (um par de rolas ou dois pombinhos), pode deduzir que eram pessoas pobres em relação a bens materiais.
Aqui a luz para iluminar todos os povos e ajudá-los a superar as trevas do erro é revelada nas palavras de Simeão e Ana; pois eis que inspirados pelo Espírito Santo eles não tem nenhuma dúvida de que estão diante do Messias profetizado.
O ser sinal de contradição, de queda e soerguimento nós ainda hoje testemunhamos; pois como cristãos (outro Cristo) somos chamados a ser este sinal de contradição no mundo de hoje. Jesus e seu evangelho continuam sendo em todos os tempos e lugares sinal de divisão e de contradição. Perante Jesus e seu evangelho ninguém pode ficar indiferente: ou aceitar ou rejeitar, com consequências para cada opção feita. O Evangelho de Jesus, quando for proclamado e vivido verdadeiramente, sempre incomoda tanto para quem o prega e vive como para quem o escuta, pois ele é como uma luz que brilha na escuridão: revela o verdadeiro ser de pessoas e das coisas.
Maria apresenta a Deus o filho Jesus, oferece-o e toda oferta é uma renúncia. Começa o mistério do seu sofrimento, que atingirá o cume aos pés da cruz. A cruz é a espada que transpassará sua alma. Todo primogênito judeu era o sinal permanente e o memorial cotidiano da libertação da grande escravidão: os primogênitos no Egito haviam sido poupados. Jesus, porém, o Primogênito por excelência, não será poupado, mas com seu sangue trará a nova e definitiva libertação.
Na leitura da primeira Carta de são João nos é falado sobre o critério para sabermos se uma pessoa está ou não com Jesus. É até um critério bem simplório, ou seja, quem está com Jesus procede como Ele procedeu: (vive como ele viveu, ama como ele amou, perdoa como ele perdoou, etc.). A leitura ainda fala sobre o amor e o ódio ao irmão, explanando que quem odeia o irmão está nas trevas e quem ama anda na luz!
Rezemos com o Salmista: Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! Cantai e bendizei seu santo nome! Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: 1Jo 2,3-11
Salmo: 95
Evangelho: Lc 2,22-35