Sexta Feira – 21ª Semana Comum

14095852_1054749551276936_3715369540218915050_nAmados irmãos e irmãs
“Vigiai, pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora”.
A Fé é pessoal e intransferível, não se vende e nem compra, não se pode dar, não se empresta e muito menos se troca. Nesta parábola o azeite que alimenta a chama funciona mais ou menos da mesma forma. Sem o azeite precioso da Palavra e da Eucaristia, que aumenta a nossa Fé a chama apaga e no caso da fé temos que alimentar-nos espiritualmente para que ela não acabe. Não dá para querer que outro alimente por mim e eu seja abastecido; é o famoso reza por mim, mas eu nunca rezo.
Poderíamos comparar com o alimento do corpo; se uma pessoa come o jantar não tem como a outra que só olhou se sentir satisfeita e crescer.
Como fazer para não desanimar e abandonar tudo? É preciso viver intensamente os valores do Reino, principalmente o amor, pois quando se ama a demora se torna momento de alegre expectativa.
Imaginem se hoje fôssemos chamados a nossa páscoa com Cristo. Com certeza muitos sairiam desesperados querendo fazer tudo o que deveria fazer na rotina do dia a dia como perdoar os desafetos ou pedir perdão para quem tenhamos ofendido; abraçar e beijar os filhos ou os pais ou a esposa(o); procurar o padre para confessar, entregar o dízimo , enfim acertar tudo que estava errado e aí é claro que não vai haver tempo hábil.
Esta parábola nos leva a refletir sobre a vinda definitiva de Jesus da qual ninguém sabe nem a hora e nem o dia; mas neste dia quem estiver com a lâmpada vazia, porque não buscou o azeite que o próprio Senhor oferecia nas comunidades cristãs, vai ficar do lado de fora porque o Dono da Festa não o reconhecerá. E não haverá como conseguir, na última hora, aquilo que não se buscou e não se teve a vida inteira.
Na primeira carta aos coríntios diante destes versículos: “Os judeus pedem sinais milagrosos, os gregos procuram sabedoria; nós, porém, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos”; perguntamo-nos o que é que estamos pedindo a Deus? Nós que somos discípulos missionários muitas vezes pedimos que o dom da pregação seja de eloquência e beleza sem igual, muita vezes somos tentados a pregar só a glória, usamos palavras simetricamente medidas para não perder amizades e aí traímos o Evangelho e escondemos a Cruz. Muitas vezes ao usarmos a sabedoria da linguagem esvaziamos a eficácia a cruz de Cristo.
Rezemos com o Salmista: Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Aos retos fica bem glorificá-lo. Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o! Amém.
Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia
1ª. Leitura: 1Cor 1,17-25
Salmo: 32
Evangelho: Mateus 25,1-13