SEGUNDA FEIRA – SEMANA EPIFANIA

Amados irmãos 
Jesus não inicia sua missão junto aos ricos e poderosos, mas sim junto aos marginalizados de sua época!
Ele o faz de forma itinerante e seus ensinamentos mostram que a Salvação torna-se universal e não somente para os judeus.
Ir para a região da Galiléia significa exatamente se afastar dos poderosos e privilegiados e ir à direção daqueles que eram os mais oprimidos e marginalizados, ou seja, os galileus.
É no meio dos pobres e oprimidos que Jesus é reconhecido e atraí multidões; onde não há nenhuma esperança, onde os governantes esqueceram-se das pessoas, onde com certeza não tinha nenhum holofote.
Nossa Igreja em época de pós-modernidade precisa muito aprender com o Mestre Jesus. Urgentemente precisamos sair do comodismo de nossos púlpitos, estúdios, palcos e telinhas de TV para ir colocar as mãos na massa e os pés na lama das favelas e cortiços.
É este povo tão sofrido e sedento que necessita de cura e libertação; é lá que somos chamados a promover a vida através da partilha, da fraternidade, da justiça social e do anúncio do crucificado ressuscitado.
A primeira carta de João nos exorta a examinar se os espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas se levantaram no mundo.
Também nos é ensinado que se reconhece o Espírito de Deus naquele que proclama que Jesus Cristo se encarnou é de Deus e todo espírito que não proclama Jesus não pode ser de Deus. Quando falamos em discernimento dos espíritos nunca é demais lembrar que um antigo ditado dizia que temos três espíritos, a saber: o Espírito Santo de Deus que nos inspira sempre a vontade do Pai e tudo que concorre para o bem das almas. O espírito humano que se traduziria em suprir nossas necessidades como, por exemplo, o lazer, trabalho, estudo, alimentação, etc. E por fim o chamado espírito de porco que só nos prejudica e afasta de Deus.
Rezemos com o salmista: Como é bom Senhor poder te ouvir dizer: “Tu és meu filho, e eu hoje te gerei!” Podes pedir-me, e em resposta eu te darei por tua herança os povos todos e as nações, e há de ser a terra inteira o teu domínio. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

Leitura: 1 João 3,22-4,6
Salmo: 2
Evangelho: Mateus 4,12-17.23-25