Segunda Feira – 34ª. Semana Comum

23435172_1488872821197938_4280723184427899954_nAmados irmãos e irmãs
“Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros. Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, deu da sua indigência, tudo o que lhe restava para o sustento”.
Depois de expulsar os comerciantes do Templo, Jesus elogia a atitude de uma viúva necessitada que depositou no cofre do Templo duas moedinhas, em contraste com as pessoas ricas que também depositavam suas ofertas; mas notem que as duas moedinhas não foram dadas de esmola, era uma oferta dentro de uma celebração, então foram dadas a Deus, eis aí a diferença fundamental.
Jesus mesmo explica: as pessoas ricas ofertaram parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver. Nesse sentido, a viúva é imagem de Cristo que ofereceu toda a sua vida a Deus.
Não importa quantidade daquilo que damos para Deus e para o próximo e sim o amor com que damos. Não importa se fizermos muito ou pouco para os outros, mas que coloquemos o amor naquilo que fazemos.
Quem tem o apego às coisas perde a liberdade, pois as coisas começam a exercer dominação. Podemos possuir as coisas terrenas, mas não podemos ser possuídos por elas para não perdermos nossa liberdade de filhos e filhas de Deus. Desapego é o caminho.
Ser de Deus e acreditar em Deus é servir e dar, não aquilo que sobra e sim a si mesmo. Lembrem-se de que Jesus não nos deu o que sobrava; mas Ele deu tudo o que tinha: a própria vida!
Neste Evangelho é interessante notar a questão do olhar de Jesus. Ele olha para o interior daquela viúva, para o seu coração e não para as moedas. Meu irmão, Deus olha para você e sabe o que você está pensando: suas preocupações, alegrias, dores e decepções. E no silêncio Deus também faz um elogio para você. Você está consciente de que Deus está sempre de olho em você?
De que maneira também você olha para os outros? O que você olha mais nos outros? Para termos os olhares de Jesus, temos que limpar o nosso coração, porque os olhos são as janelas de nossa alma, de nosso coração.
Na leitura da profecia de Daniel vemos a narrativa da invasão de Nabucodonosor no reino de Judá e o sequestro de jovens escolhidos dentre os de raça real ou de família nobre, instruídos, inteligentes para serem durante três anos preparados para trabalhar no palácio real. Entre estes jovens estavam os judeus: Daniel, Ananias, Misael e Azarias. Como parte desta preparação fazia parte a dieta alimentar e
Daniel tomou a decisão de não se contaminar com os alimentos do rei e com seu vinho optando por se alimentar somente de legumes. O despenseiro concordou com essa proposta e os submeteu à prova durante dez dias. No final deste prazo, averiguou-se que tinham melhor aparência e estavam mais gordos do que todos os jovens que comiam das iguarias da mesa real. Deus lhes concedeu talento e saber no domínio das letras e das ciências. Daniel era particularmente entendido na interpretação de visões e sonhos; por isso entraram eles a serviço do rei.
Rezemos com o Salmista: Sede bendito, Senhor Deus de nossos pais.
A vós louvor, honra e glória eternamente! Sede bendito no celeste firmamento. Obras todas do Senhor; glorificai-o. A ele louvor, honra e glória eternamente! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Daniel 1,1-6.8-20
Salmo: Dn 3
Evangelho: Lucas 21,1-4