Sábado – 7ª. Semana Comum

sabadoAmados irmãos e irmãs
No livro do Eclesiástico vemos que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança! O inimigo pode nos tirar a semelhança, mas nunca imagem. O que significa isto? A imagem de Deus nós somos e a maior prova é que ao se encarnar Ele se mostrou como nós fisicamente. A semelhança significa termos a bondade, o amor e tantos outros atributos de Deus; portanto quando o homem se deixa levar por paixões mundanas não amando o próximo ele se afasta desta semelhança.
No Evangelho Jesus toma uma criança para representar todos os excluídos de sua época para dizer a todos que eles não podem ser impedidos de ter acesso a Ele.
Como será que nossas comunidades estão acolhendo os que são marginalizados pela sociedade nos dias de hoje? Quem são eles senão os pobres, dependentes químicos, prostitutas, negros, homossexuais e tantos outros que por vezes são impedidos de se aproximar do Senhor por causa desta exclusão.
Há que se perguntar: Será que queremos que primeiro os doentes se curem para depois procurar o médico? Será que os pecadores devem ser purificados para depois ir ao encontro do Senhor? Mas quem fará isto senão o Senhor?
Que venham ao Senhor todos aqueles que estão aflitos e sofrendo todo e qualquer tipo de exclusão para que o senhor os liberte de todo e qualquer tipo de exclusão.
São Leão Magno papa e doutor da Igreja no seu Sermão 7 para a Epifania nos ensina “ Cristo ama a infância que primeiro assumiu na sua alma, tal como no seu corpo. Cristo ama a infância, que ensina humildade, que é a norma da inocência e o modelo da mansidão. Cristo ama a infância: orienta para ela a conduta dos adultos, para ela encaminha os idosos, atrai ao seu exemplo aqueles que eleva ao reino eterno. Mas, para compreendermos como é possível chegar a tão admirável conversão e qual a transformação que nos é necessária para termos uma atitude de crianças, deixemos São Paulo instruir-nos e dizer-nos: Não sejais crianças quanto à maneira de julgar; sede, sim, crianças na malícia (1Cor 14,20). Não se trata, portanto, de regressarmos aos jogos da infância, nem à falta de jeito dos inícios, mas de retirarmos da infância algumas coisas que convém aos anos da maturidade, isto é, de apaziguarmos rapidamente as agitações interiores, de recuperarmos rapidamente a calma, de esquecermos totalmente as ofensas, de sermos completamente indiferentes às honras, de apreciarmos estar juntos, de mantermos a equanimidade do humor como coisa natural. Com efeito, é um grande bem não saber incomodar e não ter gosto pelo mal ; não pagar a ninguém o mal com o mal (Rm 12,17); é a paz interior das crianças que convém aos cristãos. É essa forma de humildade que nos ensina o Salvador Menino quando é adorado pelos magos.
Rezemos com o Salmista: Os dias do homem se parecem com a erva, ela floresce como a flor dos verdes campos; mas, apenas sopra o vento, ela se esvai, já nem sabemos onde era o seu lugar. Mas o amor do Senhor Deus por quem o tem é de sempre e perdura para sempre; e também sua justiça se estende por gerações até os filhos de seus filhos, aos que guardam fielmente sua aliança. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Eclesiástico 17,1-13
Salmo: 102/103
Evangelho: Marcos 10,13-16