Sábado 4ª. Semana do Advento

15698366_1172408849511005_1950873237548932288_nAmados irmãos e irmãs
“… Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente, que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz”.
O Espírito Santo não age a partir do “Nada”, nem faz mágica; seria muita ingenuidade uma fé que pense nesses termos. Zacarias ao levar João para ser circuncidado ficou cheio do Espírito Santo que o capacitou para dizer com palavras acertadas, tudo o que estava vivendo. Zacarias transmite em sua pregação, um Messias que vai fazer parceria com os simples e os pobres e estes se alegram imensamente por serem lembrados por Deus. Que sejamos fiéis e coerentes em nosso anúncio, como o foi Zacarias, anunciando o Cristo que o mundo precisa, e não o Cristo que o mundo quer.
Deus veio a este mundo como uma criança; quis se apequenar como nós para verdadeiramente ser um de nós. Apesar desta enorme prova de amor o mundo tenta encobrir Jesus, tenta sufocar e escondê-lo; fazendo do Natal a festa do consumismo, do esbanjamento; dos presentes, das decorações luminosas, das viagens e cruzeiros, salário, dos comes e bebes; do sentimentalismo barato disfarçado de generosidade e emoção.
Tentam substituir o menino por um velho de barbas brancas, chegando ao absurdo de pendurar papai Noel nas árvores ou coloca-lo nos presépios. O natal está se tornando uma festa pagã.
Portanto cabe a nós cristãos resgatar o verdadeiro sentido do Natal e isso não conseguiremos fazer com belos discursos ou pregações emocionadas. Só faremos da nossa vida um verdadeiro Natal se formarmos uma família de Deus nesta terra. Isto nos faz lembrar uma bela e antiga canção do padre Zezinho que dizia: … que bom seria se o natal não fosse um dia , se as mães fossem Maria e se os pais fossem José e se a gente parecesse com Jesus de Nazaré “
Na leitura do segundo livro de Samuel o profeta diz: ”Não és tu quem me edificará uma casa para eu habitar”. Desta frase podemos lembrar que naquela ocasião Davi morava em um palácio e o Senhor em uma tenda e ao aproximar do natal nós cristãos recordamos que este mesmo Deus e Senhor nosso vai nascer em um estábulo. Nesta leitura também vemos a promessa ao servo Davi: “Eis o que diz o Senhor dos exércitos: Quando chegar o fim de teus dias e repousares com os teus pais, então suscitarei depois de ti a tua posteridade, aquele que sairá de tuas entranhas, e firmarei o seu reino. Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho”.
Rezemos com o Salmista: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme como os céus. Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu rochedo onde encontro a salvação! Amém

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: 2 Samuel 7,1-5.8-12.14.16
Salmo: 88/89
Evangelho: Lucas 1,67-79