Sábado – 30ª. Semana comum

23130815_1483670371718183_3317875606166509378_nAmados irmãos e irmãs
Porque todo aquele que se exaltar será humilhado, e todo aquele que se humilhar será exaltado.
Quão longe estamos desta premissa! Infelizmente trouxemos para dentro de nossas comunidades hábitos que não são nada cristãos na forma de escolher funções e ministérios nos mais diversos serviços e pastorais. Lembramos aqui do filme “Auto da compadecida” quando o bispo já falecido reivindica no céu um lugar especial para os eclesiásticos. Obvio é que por questões práticas os que servem o altar, a música etc., precisam de local reservado nas celebrações, mas isto não significa que sejam mais importantes do que o fiel que se assentou no último banco da Igreja.
Nas festas aqui no mundo também notamos isto, pois é desfile de carrões, vestidos, joias, etc. (lembram da cerimônia do Oscar, Grammy, etc.) Já vimos certa feita uma autoridade levantar e ir embora de uma solenidade só porque alguém que ela julgava menos importante ter ido fazer parte da mesa e ela não; outra fez o maior escândalo porque o cerimonial não citou seu nome e por aí vai…
O que Jesus nos ensina é que o humilde não é aquele pobre em bens materiais ou sem diploma; mas sim aquele que às vezes tendo muitos bens materiais, tendo muita sabedoria não deixa que ela lhes suba a cabeça e continua a servir a todos na maior simplicidade.
Conhecemos muitas pessoas que não tem absolutamente nada exceto o orgulho (a soberba) que é a antítese da humildade. Lembremo-nos da Sagrada Escritura: Há também três espécies de pessoas que eu detesto e cujo comportamento me irrita profundamente: o pobre orgulhoso, o rico mentiroso e o ancião adúltero e sem bom senso. (Eclo 25,2)
A humildade é a única virtude diante da qual o inimigo fica sem ação, sem saber o que fazer e por isto Jesus insiste que um coração humilde sempre será exaltado pelo Pai. A prudência recomenda que não exijamos tapete vermelho, motorista e nem sinos tocando, pois se chegar alguém maior passaremos vergonha.
Não permitamos que na Igreja de Jesus haja “castas” ou que se façam celebrações especiais para estes ou aqueles em virtude de sua condição social; seria o cúmulo do absurdo termos a missa dos empresários, a dos banqueiros e depois termos a missa dos favelados, dos moradores de rua, das empregadas domesticas, etc. Se na abrirmos o olho isto pode vir a acontecer!
Aos romanos o apostolo Paulo fala que todos somos convidados ao banquete do Reino e pode acolher-nos todos ,pois o coração de Deus não tem tamanho. Devemos tomar cuidado com a presunção de acharmos que como os judeus somente nós seremos salvos, não nos esqueçamos de que a festa só será completa quando Judeus e cristãos formarem um só povo.
Rezemos com o Salmista: Se o Senhor não me desse uma ajuda, no silêncio da morte estaria! Quando eu penso: “Estou quase caindo!” Vosso amor me sustenta Senhor! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Rm 11,1-2a.11-12.25-29
Salmo: 93 
Evangelho: Lucas 16,9-15