Quinta feira da 4ª. Semana da Páscoa

11Amados irmãos e irmãs
“Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu Senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou”.
O Discípulo autêntico segue seu Mestre e o imita. Jesus fez uma tarefa que era de escravos: lavar os pés das visitas e convidados.
Pessoas importantes tinham seus pés lavados pelos escravos. Jamais uma dessas pessoas iria lavar os pés de um escravo. O Discípulo de Cristo só será feliz quando inverter essa lógica de que os pequenos devem servir os grandes, essa será a lógica do Cristianismo, fazer-se servidor de todos. Nessa mesma linha a Igreja é Servidora da Humanidade e oferece a Salvação e a Graça de Deus ao alcance de todos sendo a Fé em Jesus Cristo a única condição que se coloca.
O gesto tresloucado de Judas é um alerta para os discípulos de todos os tempos. Ninguém está isento de passar de amigo a traidor. Sem obediência total à voz do pastor, não existe discipulado que se sustente.
O Papa Francisco na Exortação apostólica Evangelii Gaudium / A alegria do evangelho § 24 nos ensina que: A Igreja em saída é a comunidade de discípulos missionários que primeireiam, que se envolve que acompanham, que frutificam e festejam. A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, que Ele a precedeu no amor (cf 1Jo 4,19), e por isso sabe ir à frente, tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos (cf Lc 14.23). Vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa!
Como consequência, a Igreja sabe envolver-se. Jesus lavou os pés aos seus discípulos. O Senhor envolve-se e envolve os seus, pondo-se de joelhos diante dos outros para os lavar; mas, logo a seguir, diz aos discípulos: Sereis felizes se o puserdes em prática (Jo 13,17). Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o cheiro das ovelhas, e estas escutam a sua voz (cf Jo 10,3).
Na leitura dos Atos dos Apóstolos Lucas empenha-se em realçar a importância e a transcendência decisiva do momento em que a igreja de Antioquia organizava oficialmente a grande missão. A história de Israel é apresentada centrando-se em Davi, a quem ficou ligada a promessa do Salvador. A alusão a João Batista tem dois objetivos: situar no tempo a atividade de Jesus e apresentar João como precursor e testemunha.
Rezemos com o Salmista: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: O amor é garantido para sempre! E a vossa lealdade é tão firme como os céus. Minha verdade e meu amor estarão sempre com ele, sua força e seu poder por meu nome crescerão. ele, então, me invocará: ‘Ó Senhor, vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu rochedo onde encontro a salvação! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Atos 13,13-25
Salmo: 89
Evangelho: João 13,16-20