Quinta Feira – 32ª. Semana Comum

14925757_1122403687844855_5396599315901108194_nAmados irmãos e irmãs
“Não deveis ir, nem correr atrás. Pois, como o relâmpago brilha de um lado até o outro do céu, assim também será o Filho do Homem, no seu dia”.
Quando vai ser o fim do mundo?
É bom lembrar que Jesus disse que nem os anjos e nem mesmo Ele sabia; pois ao Pai competia os tempos.
Quando o Reino será instaurado? É uma pergunta atualíssima e que anda tirando o sono de muita gente; não porque queiram que Jesus reine em suas vidas, mas porque estão preocupadas com a forma com que procedem em suas vidas.
A resposta de Jesus é intrigante, ou seja: “O Reino de Deus já está no meio de vós…”. Incrédulos muitos se põem a dizer, mas onde está aqui ou acolá? O Reino de Deus pode ser sim visto através de sinais como o sangue dos mártires, a ação da Igreja e tantos outros sinais. Sim não se assuste; pois a Igreja é sinal do Reino, mas Ela não é o Reino. O homem procura sinais do Reino em coisas mirabolantes quando ele acontece em pequenas coisas que passam despercebidas.
Jesus não quer que fiquemos fazendo elucubrações mentais, procurando ver em tudo que acontece de extraordinário como sinal do fim; seja um simples temporal, um furacão ou um terremoto. Aliás, pobres daqueles que assim agem afinal estes eventos naturais ocorrem desde que o mundo é mundo.
O Reino de Deus é o próprio Cristo Jesus (Verbo encarnado) e por isto que quando se diz: O Senhor esteja convosco! Nós respondemos: Ele está no meio de nós! Isto porque Ele é o Reino, Jesus é o reino de amor, de partilha e de justiça para todos.
Um pequeno gesto de amor que você faça já é o Reino de Deus acontecendo; quando você dá um prato de comida a um faminto, cura as feridas do doente, perdoa quem lhe ofendeu, etc.
Se Jesus é o Reino no meio e nós imitemo-lo para que este Reino verdadeiramente aconteça no meio de nós.
Isto é fazer o Reino acontecer já; porém ainda não na plenitude que só ira acontecer na sua segunda vinda.
Isaac, monge nos Discursos, 1ª série, n°30 nos ensina: “O Reino de Deus está entre vós e dentro de vós”. A ação de graças, a gratidão daquele que recebe incita aquele que dá a dar sempre mais. Mas aquele que não dá graças pelas coisas menores só pode ser mentiroso e injusto no caso das grandes. Aquele que está doente e conhece a sua doença pode pedir a cura; aquele que reconhece o seu sofrimento está perto da sua cura e encontrá-la-á facilmente. Lembra-te da queda daqueles que pensavam ser fortes e sê humilde nas tuas virtudes. Afasta-te de ti mesmo e o teu inimigo será afastado para longe de ti. Tranquiliza-te e o céu e a terra encher-te-ão de paz. Esforça-te por entrar no tesouro do teu coração e verás o tesouro do céu. Porque um e outro são o mesmo. Entrando num, contemplas os dois. A escada deste Reino está em ti, escondida na tua alma. Mergulha em ti mesmo para descobrires o teu pecado: aí encontrarás os degraus pelos quais poderás elevar-te: “O Reino dos céus está dentro de vós”.
Na intercessão de Paulo em favor de Onésimo, ele diz tê-la escrito de próprio punho. Enviar aquele que se converteu como o próprio coração; para que fosse acolhido não mais como escravo, mas sim como irmão. Vemos na atitude de Paulo já velho e prisioneiro um sinal do reino de Deus da qual o Evangelho fala.
Rezemos com o salmista: Nós vos pedimos Senhor que continueis a amparar a viúva, os órfãos, os famintos, os caídos e acima de tudo liberta os caídos através da ação de homens e mulheres de boa vontade. Daí força a cada um de nós no apostolado a nós confiado. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

Leitura: Filêmon 7-20
Salmo: 146
Evangelho: Lucas 17,20-25