Quinta Feira – 30ª. Semana Comum

14702351_1107218156030075_7875492342055935795_nAmados irmãos e irmãs
Somos pintainhos que não aceitam ficar debaixo das asas e aí somos atacados por gaviões, lagarto tiú, cobra jiboia, tucano, etc.
O recado dado pelos fariseus sobre a ameaça de Herodes não tinha o intuito de proteger Jesus, mas sim encaravam isto como uma forma de ficar livre d’Ele, ou seja, talvez Jesus fugisse; porém Jesus não se intimida e chama Herodes de raposa.
Ficamos imaginando quando as teorias mundanas nos tentam tirar do caminho da Igreja e aí devemos responder como Jesus, pois se é na Igreja que vamos sofrer perseguições que assim seja. Ainda que a Igreja seja zombada e chamada de ultrapassada sabemos que o dia de nossa vitória se aproxima; porque Deus jamais abandona os seus.
A firmeza e a coragem demonstrada por Jesus e por outros profetas só encontram explicação na consciência que tinham de estarem a serviço de Deus; consciência que nós também devemos buscar incessantemente.
São João Paulo II na Carta apostólica “Redemptionis anno” nos ensina que para além de monumentos célebres e esplêndidos, Jerusalém acolhe comunidades vivas de crentes cristãos, judeus e muçulmanos, cuja presença é um penhor e uma fonte de esperança para as nações que, em todas as partes do mundo, olham para a Cidade Santa como um patrimônio espiritual e um sinal de paz e de harmonia. Sim, enquanto pátria do coração de todos os descendentes espirituais de Abraão, que lhe votam um amor profundo, e enquanto local onde se encontram aos olhos da fé, da infinita transcendência de Deus e das coisas criadas, Jerusalém é um símbolo de encontro, de união e de paz para toda a família humana. A Cidade Santa encerra assim um firme convite à paz dirigido a toda a humanidade, e nomeadamente aos adoradores do Deus único e grande, Pai misericordioso dos povos. Infelizmente há que reconhecer que Jerusalém continua a ser motivo de persistente rivalidade, violência e reivindicações. Esta situação e estas considerações trazem aos lábios as palavras do profeta: “Por amor de Sião não me calarei, por amor de Jerusalém não descansarei, até que a sua justiça brilhe como a aurora e a sua salvação como facho brilhante” (Is 62,1). Penso e espero com impaciência o dia em que todos sejamos verdadeiramente instruídos por Deus, para que escutemos a sua mensagem de reconciliação e de paz. Penso no dia em que os judeus, os cristãos e os muçulmanos possam trocar entre si, em Jerusalém, a saudação de paz que Jesus dirigiu aos discípulos após a sua ressurreição: ”A paz esteja convosco”. (Jo 20,19).
Aos efésios Paulo na famosa passagem da armadura do cristão nos mostra que nossa luta diária não é contra homens de carne e osso, mas contra forças espirituais espalhadas pelos ares, é como se Paulo estivesse nos dias atuais nos mostrando que o ar esta contaminado das idéias relativistas, do indiferentismo e tantos outros males que invadem nossos lares pelas frestas das portas e janelas.
Como é bom lembrarmos que só a fé apaga estes dardos inflamados com os quais somos atacados diariamente.
Rezemos com o salmista: Bendito seja o Senhor, meu rochedo! Ele é meu amor, meu refúgio, Libertador, fortaleza e abrigo; é meu escudo: é nele que espero.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

Leitura: Efésios 6,10 – 20
Salmo: 144
Evangelho: Lucas 13,31-35