Sexta Feira – 27ª. Semana comum

22406543_1461951090556778_7891353362132393962_nAmados irmãos e irmãs
“Quem não está comigo, está contra mim; quem não recolhe comigo, espalha”.
Este versículo é para fazer pensar e muito sobre aqueles que ficam em cima do muro; aqueles que dizem que muito ajuda quem não atrapalha, ou seja, os denominados neutros.
Os fariseus tentam desmoralizar Jesus dizendo que Ele tem parte com Satanás; porém bem sabemos que o poder de Jesus vem de Deus, pois só ele é o sumo Bem e não há outro. Bem e Mal não se misturam e nem podem ser confundidos.
Jesus não está preocupado em mostrar se mais forte afinal ele não está em um campo de batalha e assim também devemos ser nós enquanto cristãos ou ,seja ,devemos na luta cotidiana usar as mesmas armas que Jesus usou: o amor e a misericórdia.
Infelizmente ainda hoje existem pessoas que usam as mesmas armas do inimigo de Deus e até matam em nome de Deus o que é um absurdo, pois o nosso Deus é o Deus da vida.
Estar a favor de Jesus é fazer no dia a dia as mesmas coisas que Ele fez. Como podemos derrotar o mal a não ser se colocando contra ele, libertando as pessoas que estão subjugadas por ele.
O Catecismo da Igreja Católica nos §§ 691-693; 699-700 nos fala sobre o dedo de Deus: O nome, as designações e os símbolos do Espírito Santo: Espírito Santo, tal é o nome próprio daquele que adoramos e glorificamos com o Pai e o Filho. A Igreja recebeu este nome do Senhor e professa-o no Batismo dos seus novos filhos (Mt 28,19). O termo Espírito traduz o termo hebraico Ruah que, na sua primeira acepção, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza precisamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente daquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino (Jo 3,5-8). Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às três Pessoas divinas. Jesus, ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, chama-Lhe o Paráclito, que à letra quer dizer: aquele que é chamado para junto. Paráclito traduz-se habitualmente por Consolador, sendo Jesus o primeiro consolador. O próprio Senhor chama ao Espírito Santo o Espírito da verdade. Em São Paulo encontramos as designações: Espírito da promessa, Espírito de adoção, Espírito de Cristo, Espírito do Senhor, Espírito de Deus; e, em São Pedro, Espírito de glória.
Os símbolos do Espírito Santo: a água, a unção, o fogo, a nuvem e a luz, o selo e a pomba. Mas vejamos em especial a mão e o dedo.
A mão. É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as crianças. O mesmo farão os Apóstolos, em seu nome. Ainda mais: é pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado. A Epístola aos Hebreus coloca a imposição das mãos no número dos artigos fundamentais do seu ensino. Este sinal da efusão onipotente do Espírito Santo guarda-o a Igreja nas suas epicleses sacramentais.
O dedo. É pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demônios. Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra pelo dedo de Deus (Ex 31,18), a carta de Cristo, entregue ao cuidado dos Apóstolos, é escrita com o Espírito de Deus vivo: não em placas de pedra, mas em placas que são corações de carne (2Cor 3,3). O hino Veni Creator Spiritus invoca o Espírito Santo como o dedo da mão direita do Pai.
O bispo Diádoco de Foticeia nos Cem Capítulos sobre o Conhecimento, 6, 26ss.; PG 65, 1169ss nos ensina: É luz de verdadeiro conhecimento discernir sem erro o bem do mal. Com efeito, aqueles que combatem devem preservar a todo o momento a calma do pensamento; assim, o espírito poderá discernir as sugestões que o atravessam, e depositará no tesouro da memória as que são boas e vêm de Deus, rejeitando as que são más e diabólicas. Quando o mar está calmo, os pescadores apercebem-se dos movimentos que têm lugar nas suas profundezas, a tal ponto que quase nenhum dos seres que as percorrem lhes escapa; mas, quando é agitado pelos ventos, esconde nessa sombria agitação aquilo que se dispõe a mostrar nos momentos de tranquilidade. O Espírito Santo é o único a quem pertence purificar o espírito, pois, a menos que venha algum mais forte que apanhe o ladrão, o produto do roubo não poderá ser recuperado. Devemos, pois, por todos os meios, mas em especial pela paz da alma, oferecer uma morada ao Espírito Santo, a fim de termos a lâmpada do conhecimento sempre acesa em nós. Pois, se ela brilha sem cessar em todos os recessos da alma, não somente todas as insinuações pesadas e sombrias dos demônios se tornam evidentes, como ainda enfraquecem consideravelmente, apagadas por esta luz santa e gloriosa. É por isso que o apóstolo Paulo nos diz: Não extingais o Espírito! (1Ts 5, 19).
Na leitura da profecia de Joel vemos que o profeta sabe muito bem aproveitar de uma invasão de gafanhotos que devastou tudo para alertar o povo que estava desolado a voltar para Deus com oração e penitência. A crise lá como cá afeta a Casa do senhor não só pelo desânimo, mas também pela diminuição das ofertas e dízimos. A nuvem de gafanhotos prefigurava o dia do Senhor e como o será para aqueles que estiverem longe de Deus.
Rezemos com o Salmista: Senhor, de coração vos darei graças, as vossas maravilhas cantarei! Em vós exultarei de alegria, cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco 
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Jl 1,13-15; 2,1-2 
Salmo: 9
Evangelho: Lucas 11,15-26