Festa dos apóstolos São Judas e São Simão

14522750_1108153002603257_5341975117445679029_nAmados irmãos e irmãs
“Naqueles dias, Jesus retirou-se a uma montanha para rezar, e passou aí toda a noite orando a Deus. Ao amanhecer, chamou os seus discípulos e escolheu doze dentre eles que chamou de apóstolos”.
Nesta passagem do Evangelho Jesus nos mostra a importância da oração antes de fazermos escolhas e tomar decisões importantes. A escolha dos doze é precedida de uma longa oração de Jesus sobre a montanha, lugar do conhecimento de Deus, lugar de sua revelação; o monte é o lugar onde é dado ao ser humano conhecer os desígnios salvíficos de Deus.
Dentre os doze escolhidos dois tinham o nome de Judas. Ambos foram escrevendo suas histórias no dia a dia. Os dois tiveram a mesma oportunidade, os dois tinham fraquezas e pecados, porém o nosso São Judas confiou na Graça de Deus e na sua misericórdia, permitiu que a força de Deus viesse ao encontro da sua fraqueza, colocou-se disponível e abriu-se totalmente a Jesus que o chamou para o apostolado. O outro Judas (o traidor) percorreu o caminho contrário, preferiu os ideais do mundo, e em vez de se entregar e colocar a sua vida á serviço do Reino que Jesus havia anunciado a colocou a serviço do mundo.
A Constituição dogmática sobre a Igreja “Lumen Gentium”, §§ 24-25 vai nos mostrar que os bispos são os sucessores dos apóstolos para continuar a missão ao dizer: Os bispos, enquanto sucessores dos Apóstolos, recebem do Senhor, a Quem foi dado todo o poder no céu e na terra, a missão de ensinar todos os povos e de pregar o Evangelho a toda a criatura, para que todos os homens se salvem pela fé, pelo batismo e pelo cumprimento dos mandamentos (cf Mt 28,18; Mc 16,15-16; At 26,17ss). Para realizar esta missão, Cristo Nosso Senhor prometeu o Espírito Santo aos Apóstolos e enviou-o do céu no dia de Pentecostes para que, com o seu poder, eles fossem testemunhas perante as nações, os povos e os reis, até aos confins da terra (cf At 1,8; 2,1ss; 9,15). Este encargo que o Senhor confiou aos pastores do seu povo é um verdadeiro serviço, significativamente chamado diaconia ou ministério.
Entre os principais encargos dos bispos ocupa lugar preeminente a pregação do Evangelho; com efeito, os bispos são os arautos da fé que para Deus conduzem novos discípulos. Dotados da autoridade de Cristo, são doutores autênticos, que pregam ao povo a eles confiado a fé que se deve crer e aplicar na vida prática; ilustrando-a sob a luz do Espírito Santo e tirando do tesoiro da Revelação coisas novas e antigas (cf Mt 13,52), fazem-no frutificar e solicitamente afastam os erros que ameaçam o seu rebanho (cf 2Tim 4,1-4). Ensinando em comunhão com o Romano Pontífice, devem por todos ser venerados como testemunhas da verdade divina e católica. E os fiéis devem conformar-se ao parecer que o seu bispo emite em nome de Cristo sobre matéria de fé ou costumes, aderindo a ele com religioso acatamento.
São Judas é um Santo muito popular e tem milhões de devotos no mundo inteiro, mas a devoção não pode parar nele, mas sim naquele que o santificou, a devoção aos nossos Santos e Santas de Deus, só é válida quando nos conduzem a Jesus, pois a Graça maior que se pode conseguir de um Santo como São Judas, é uma conversão profunda e sincera, inspirada pelo seu exemplo, Fé e testemunho.
Na leitura da carta de são Paulo aos Efésios o apóstolo nos fala de nossa participação na família de Deus; somos parte integrante e não mais hóspedes ou peregrinos. Em Jesus que é a pedra angular tudo se torna definitivo.
Rezemos com o Salmista: Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento, a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite essa mensagem, a noite à noite publica essa notícia. Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possa ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Efésios 2,19-22
Salmo: 18/19
Evangelho: Lucas 6, 12-19