25º. Domingo Comum

14359192_1073666202718604_3153407299248041477_nAmados irmãos e irmãos
“Aquele que é fiel nas coisas pequenas será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, sê-lo-á também nas grandes. Nenhum servo pode servir a dois senhores: ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de aderir a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.
A parábola deste Evangelho de hoje nunca foi tão atual. Vejam por exemplo que nossos políticos e outros que ocupam cargos públicos vivem a trocar favores pensando no amanhã. O político que nomeia o um ministro do Supremo Tribunal Federal pensando que amanhã quando estiver no banco dos réus este ministro possa lhe retribuir.
Na parábola parece que Jesus elogia o administrador infiel, que seria o político corrupto; porém, essa compreensão é falsa, pois o Mestre da justiça jamais iria compactuar com uma ação desonesta. O que está em jogo é a habilidade do administrador infiel em tomar rapidamente uma decisão certeira, e colocar o plano em prática em caráter de urgência. Portanto, o elogio é para o modo como ele fez, e não para o que fez.
Imaginem se nossos políticos em Brasília fizessem os conchavos e acordos para votar leis que beneficiassem a educação, a saúde e a erradicação da miséria com a mesma astúcia com que fazem acordos para aumentar seus salários, não seria isto algo bom e proveitoso? Foi exatamente isto que Jesus quis dizer nesta parábola.
A habilidade do Administrador infiel, elogiado por Jesus, está no fato de ter aceitado “Perder” para garantir algo melhor no futuro, o mesmo devemos fazer como cristãos, sabermos “Perder” no aqui e agora, abrir mão de muitas coisas, para garantirmos na vida futura o descanso eterno.
Antes de criticarmos os que administram, e em especial a administração na Igreja, Jesus nos convida a nos olharmos enquanto administradores da Graça de Deus que nos foi confiada; dos dons e talentos que recebemos. Temos a mesma habilidade e esperteza desse administrador da parábola?
Imaginem se os cristãos católicos do Brasil tivessem para com Cristo e a sua Igreja a mesma paixão que os torcedores de um time de futebol tem pelo clube ou de uma escola de samba; lá eles varam a madrugada confeccionando fantasias; pelo clube viajam milhares de quilômetros e muitos até se privam do básico para sobreviver para poder estar com seu time do coração.
O Reino de Deus exige empenho, inteligência e discernimento. Santo Inácio de Loyola nos ensina: “Façamos tudo; como se tudo dependesse de nós e esperemos tudo como se tudo dependesse de Deus”.
Na primeira leitura da profecia de Amós vemos que O Senhor nos chama atenção sobre a questão das fraudes que por vezes até inadvertidamente cometemos. Lembramos aqui da famosa “lei do Gérson”, que pregava que independente de escrúpulos devemos levar vantagem em tudo mesmo que isto implique em prejudicar o próximo.
Na segunda leitura da primeira carta de Paulo a Timóteo o apóstolo nos recomenda orar pelos que tem autoridade afinal de contas muitas de suas decisões têm implicação direta no nosso cotidiano. Se torcermos para que o governo vá mal; nos é que sofreremos as consequências. É como o empregado que torce para o patrão falir se esquecendo de que se isto acontecer ele perderá o emprego.
O apóstolo ainda nos fala que há um só mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo! Nós cristãos católicos devemos gravar bem este versículo para podermos entender que ninguém vai ao Pai senão por Jesus. Muitos são os caminhos que o mundo nos oferece; mas Ele é o único caminho, a única verdade e a única vida.
Rezemos com o Salmista: O Senhor está acima das nações, sua glória vai além dos altos céus. Quem pode comparar-se ao nosso Deus, ao Senhor, que no alto céu tem o seu trono e se inclina para olhar o céu e a terra? Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com os nobres do seu povo. Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Amós 8,4-7
Salmo: 112/113
2ª. Leitura: 1 Timóteo 2,1-8
Evangelho: Lucas 16,1-13