17º. Domingo Comum

13726608_1030999510318607_8741911640956036734_nAmados irmãos e irmãs
“ E eu vos digo: pedi, e dar – se – vos – á; buscai, e achareis; batei, e abrir – se – vos – á. Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá”.
A oração ensinada pelo próprio Cristo não evoca a imagem de um Deus distante, ao contrário, ao se encarnar o Verbo se fez homem, se fez um de nós. O unigênito/primogênito se tornou nosso irmão e nos ensina a chamar Deus de Pai.
O reino de Deus precisa ser construído, ele não cai do céu, portanto, desejar que esse Reino venha até nós, é em primeiro lugar ter total disponibilidade para acolhê-lo em nossa vida e em nosso coração. Muitas vezes entendemos como oração poderosa, aquela que consegue convencer Deus, para que ele nos socorra e nos favoreça em tudo o que pedimos, sempre de acordo com nossas conveniências e interesses.
Irmão e irmã, você foi chamado (a) a ser um amigo de Deus. Olhar o mundo com os olhos de Deus, ver os problemas diários com os olhos de Deus, tomar atitudes como o próprio Deus tomaria, servir o irmão como o Senhor nos serviu, ser humilhado, mal tratado, rejeitado e incompreendido como o Senhor foi. E tudo por causa de uma só coisa a salvação do irmão.
Na oração, o homem pode desfigurar-se a sí mesmo e a Deus. Pode reduzir Deus a um bem de consumo, a uma solução fácil para suas próprias insuficiências e preguiça. E pode reduzir-se a sí mesmo a um ser que lança sobre outro suas próprias responsabilidades.
Nossas orações não mudam Deus, mas, com a perseverança e insistência, ela vai transformando o nosso coração e toda nossa vida, e assim vamos nos moldando segundo a santa vontade de Deus.
É preciso mover a vontade e pedir insistentemente (cf. vv. 8-9), sem desanimar.
Lembramos aqui das crianças que pedem algo aos pais e insistem, puxam a roupa, choram e repetem insistentemente o que querem e por vezes os pais atendem justamente porque entende que é bom acalentar aquele coraçãozinho, ora se Jesus nos pediu para sermos como criança aí está uma boa dica.
Se nenhum pai humano, por pior que seja, responderia à súplica de um filho, dando-lhe algo nocivo, quanto mais o Pai celeste. Sua bondade infinita responde generosamente a quem lhe suplica. E ninguém fica decepcionado, pois é garantida a sua intervenção em favor de seus filhos.
Na leitura do Gênesis vemos que Abraão questiona o Senhor se Ele faria o justo perecer com o ímpio; por este motivo trava um diálogo interessante onde ele mesmo desconfia que talvez não houvesse tantos justos assim. Ele chega ao número mínimo de dez, mas talvez se prosseguisse chegaria a um. A grande lição que podemos tirar desta passagem é que enquanto houver um justo entre nós, por causa deste Deus nos tratará com misericórdia.
Na carta de Paulo aos colossenses o apóstolo Paulo nos fala que: “vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados” e “Existia contra nós uma conta a ser paga, mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais, e a eliminou, pregando-a na cruz”. Essa é a maior verdade. Estávamos mortos, isto é, estávamos destinados a perdição eterna longe de Deus, mas Cristo nos resgatou.
Se fomos resgatados por Cristo então nossa vida a Ele pertence, mas o que fazemos então se nosso relacionamento com Ele é de busca de favores em troca de nossa permanência em sua vida?
Rezemos com o Salmista: Ó Senhor, de coração eu vos dou graças porque ouvistes as palavras dos meus lábios! Se no meio da desgraça eu caminhar, vós me fazeis tornar à vida novamente; quando os meus perseguidores me atacarem e com ira investirem contra mim, estendereis o vosso braço em meu auxílio e havereis de me salvar com vossa destra. Completai em mim a obra começada;
ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Amém.

Reflexão feita pelo Diácono Irmão Francisco
Fundador da Comunidade Missionária Divina Misericórdia

1ª. Leitura: Gênesis 18,20-32
Salmo: 137/138
2ª. Leitura: Colossenses 2,12-14
Evangelho: Lucas 11,1-13